O deputado federal paraibano Gervásio Maia, líder do PSB na Câmara dos Deputados, saiu em defesa do padre Júlio Lancellotti nesta quinta-feira (4). A declaração de Maia foi feita após a Câmara Municipal de São Paulo instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Organizações Não Governamentais (ONGs) que trabalham com pessoas em situação de rua. Um dos alvos da investigação é o padre Júlio Lancellotti.
Em uma publicação nas redes sociais, Gervásio classificou a CPI como “absurda e inadmissível”. “É uma perseguição a quem dedica a vida para acolher e alimentar os mais vulneráveis, excluídos e negligenciados pelo Estado”, afirmou o deputado.
“Diferente dos que pregam o ódio, a perseguição e a exclusão das minorias, o padre Júlio vive, dia após dia, o Evangelho na vida real”, disse Maia. “Toda nossa solidariedade ao padre Júlio”, concluiu o deputado.
A CPI foi pedida pelo vereador Rubinho Nunes (União), um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL). A iniciativa conseguiu as 24 assinaturas necessárias e a expectativa é de que a investigação deverá ganhar contornos eleitorais, pois Lancellotti é próximo de Guilherme Boulos (PSol), um dos pré-candidatos a prefeito de São Paulo.
A iniciativa de Rubinho Nunes foi criticada por vereadores da oposição, como Luna Zarattini e Hélio Rodrigues, ambos do PT, que apresentaram uma denúncia contra ele na Corregedoria da Câmara.
O padre Júlio Lancellotti é conhecido por seu trabalho de assistência a pessoas em situação de rua. Ele é um dos fundadores da Pastoral do Povo da Rua, que atua em São Paulo há mais de 30 anos.