Ainda na entrevista de ontem (31), o governador da Paraíba eleito no segundo turno, João Azevêdo, do PSB, além de comentar sobre o silêncio do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) sobre a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente da República e defender o fim do orçamento secreto o governador também citou a possibilidade de reforma do seu secretariado e da sua defesa em prol do municipalismo.
Ao comentar sobre seu segundo mandato, João disse ser normal uma reforma administrativa, visto que as alianças políticas se alteram de mandato para mandato. “Nós teremos, sim, uma reformatação do secretariado. Isso é natural, um processo natural da democracia”, afirmou João, destacando, porém, que esse assunto ainda não está na pauta.
Ao falar sobre sua atuação junto aos prefeitos, o socialista lembrou que sua situação de favoritismo (votos) em regiões influentes do interior do Estado, o que o levou, certamente, a imprimir o selo de “governo municipalista” à sua gestão. “Somos um governo municipalista (…) Essa vitória não foi minha, foi dos municípios que estiveram comigo”, ressaltou o governador
Sobre o silêncio do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) sobre a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente da República, o socialista destacou que seja ganhando ou perdendo, é exigido na democracia. “Eu acho que a democracia exige posturas, eu diria que há convenções na democracia e reconhecer uma derrota ou uma vitória faz parte desse processo. Acho que era extremamente importante que o presidente se pronunciasse reconhecendo o resultado das urnas”, afirmou o socialista em trecho da entrevista.
Ainda na entrevista João também falou sobre o desafio de Lula com relação ao orçamento da União. João Azevêdo relatou que, muitas vezes, nos últimos quatro anos, os governadores precisavam de emendas impositivas para garantir orçamento para algum projeto. “Fazer com que o presidente da República volte a ter verdadeiramente o comando sobre o orçamento público. Eu acho que essa vai ser uma das maiores missões que o presidente Lula terá pela frente: resgatar o caráter público do orçamento. Nós vivemos quatro anos em que a relação dos governadores com o governo federal se limitava, muitas vezes, a uma reunião com ministério e pedia que nós descobríssemos uma forma de ter uma emenda impositiva para resolver um problema de um projeto”, disse.
Da Redação