A participação do governo no Fórum Social Temático (FST), que começa na próxima terça-feira (24) em Porto Alegre, terá como diretriz a defesa das medidas anticrise, das políticas de enfrentamento da pobreza e o debate sobre a proposta brasileira para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que vai acontecer em junho.
O FST, ligado ao processo do Fórum Social Mundial, é organizado por movimentos sociais e organizações da sociedade civil e os governos participam como convidados. Com o tema Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental, o FST deverá ser uma prévia da Cúpula dos Povos, encontro de movimentos sociais paralelo à Rio+20.
“A lógica da participação do governo terá três eixos básicos: como o Brasil tem enfrentado a crise mundial, com o fortalecimento do mercado interno; nossa proposta para a Rio+20, de pensar o desenvolvimento sustentável aliado à inclusão social e a apresentação do carro chefe do governo, que é o plano Brasil Sem Miséria”, resumiu o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência, Diogo de Sant’Ana. A secretaria é responsável pela articulação da participação do governo federal no megaevento.
Sete ministros deverão passar por Porto Alegre durante o FST. Na lista estão os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário; do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello; da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes; da Agricultura, Mendes Ribeiro; e Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Helena de Bairros.
Além da comitiva ministerial, a presidenta Dilma Rousseff deve ir ao FST na quinta-feira (26) para um encontro com os movimentos sociais no Ginásio Gigantinho. Será a primeira vez de Dilma, como chefe de Estado, em um evento do Fórum Social Mundial. Em 2011, Dilma foi representada pelo ministro Gilberto Carvalho no FSM, em Dacar, no Senegal.
A ministra Maria do Rosário, que participará de debates sobre direitos humanos, justiça e memória, diz que a articulação entre sociedade civil e governo promovida pelo fórum pode levar ao aperfeiçoamento de políticas públicas.
“O fórum costuma, a cada ano, apresentar ponderações ao governo sobre os aspectos importantes a serem desenvolvidos. Nesse sentido, também orienta ações que estaremos desenvolvendo este ano. Vamos apresentar, o Viver sem Limite, que é a política governamental sobre direitos humanos das pessoas com deficiência, as questões envolvendo crianças e adolescentes; o enfrentamento ao trabalho escravo; internet, direitos humanos e comunicação.”
Até domingo (29), cerca de 30 mil pessoas devem participar do FST, segundo estimativas da organização. A programação inclui mais de mil atividades em Porto Alegre e em mais três cidades da região metropolitana da capital gaúcha.
Agência Brasil