Categorias: Política

Governo RC vive nova fase: agora, também desagrada aliados

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O Governo ‘socialista’ de Ricardo Coutinho, na Paraíba, vive atualmente uma nova fase pois, ao chegar ao seu 11.º mês, passou a desagradar uma parcela que, em tese, não poderia – ou pelo menos não deveria – que é a dos aliados. São pessoas que já estão até suspirando: ‘bons tempos em que o governo desagradava apenas os outros’.

Em 11 meses, Ricardo conseguiu a façanha de desagradar servidores públicos, quando, numa única tacada, demitiu 18 mil, sem dó nem piedade, e mandou reduzir salários de tantos outros que ficaram;

Em 11 meses, conseguiu desagradar médicos, ao reduzir salários da categoria e, mais que isso, privatizar a Saúde paraibana, trazendo profissionais médicos de fora (até pagando salários maiores), como se aqui não tivéssemos profissionais capacitados;

Em 11 meses, conseguiu desagradar professores, reduzindo salários ao cortar benefícios conquistados ao longo de anos de dedicação – a exemplo das progressões – tudo dentro da lei;

Em 11 meses, conseguiu desagradar profissionais do Fisco, após ‘enrolar’ os fiscais prometendo-os cumprir com o pagamento dos benefícios conquistados pela Categoria no governo Cássio – e cortados no início de seu mandato, em janeiro deste ano;

Em 11 meses, conseguiu desagradar profissionais do Fisco, ao acusá-los de trabalhar contra a Paraíba, pedindo, na Justiça, a ilegalidade da greve, mesmo sabendo que não tinha justificativas plausíveis para tal, o que gerou a negativa por parte do Judiciário;

Em 11 meses, conseguiu desagradar profissionais do Fisco, ao acusá-los, em nota oficial, de abusivos, intransigentes e responsáveis por colocar em risco reajustes salariais futuros (alguém aí acredita nas promessas deste governo?) e o equilíbrio financeiro do Estado;

Em 11 meses, conseguiu desagradar profissionais do Fisco ao acusá-los, na mesma nota, de receber “os mais altos salários do Estado”, afirmando que “não é justo tirar de quem pouco recebe para aumentar, antecipadamente, os salários dos que mais ganham” e jogando os profissionais do Fisco contra a população, ao afirmar que a greve é “contra a Paraíba, seus contribuintes, empresários e cidadãos (…), de poucos contra todos”;

Em 11 meses, conseguiu desagradar profissionais a imprensa, ao tratar de forma desrespeitosa os que não se renderam aos encantos palacianos;

Em 11 meses, conseguiu desagradar evangélicos, ao negar apoio ao Encontro Para a Consciência Cristã, realizado anualmente em Campina Grande, considerado o maior evento evangélico do Brasil;

Em 11 meses, conseguiu desagradar Campina Grande, ao retirar o patrocínio de seu evento maior, ‘O Maior São João do Mundo’;

Em 11 meses, conseguiu desagradar artistas e o público que gosta do chamado ‘forró estilizado’, ao discriminar as bandas de forró, criando o termo pejorativo ‘forró de plástico’ e reafirmando que seu governo não financiaria estas bandas;

Em 11 meses, conseguiu desagradar artistas, ao dar as costas para o Festival de Inverno de Campina Grande, evento que, há anos, de forma totalmente apartidária, é conduzido pela Ativista Cultural Eneida Agra Maracajá com apoio da classe artística paraibana;

Em 11 meses, conseguiu desagradar paraibanos em geral, ao beneficiar Pernambuco com a subserviência ao vizinho Estado;

Em 11 meses, conseguiu desagradar empresários paraibanos, ao afirmar que a Paraíba não precisa de um Porto de Águas Profundas, porque em Pernambuco tem um que pode nos atender;

Em 11 meses, conseguiu desagradar policiais, ao se negar a pagar o reajuste aprovado pela Assembléia Legislativa da Paraíba no ano passado;

Em 11 meses, conseguiu desagradar Campina Grande ao criar uma Secretaria de Estado do Desenvolvimento e Articulação Municipal, considerando que Campina é sede da Secretaria De Interiorização das Ações de Governo;

Em 11 meses, conseguiu desagradar inúmeras famílias que tem pacientes em tratamento e dependem do fornecimento de medicamentos excepcionais, ao cortar o fornecimento destes medicamentos;

Em 11 meses, conseguiu desagradar professores e funcionários da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, ao cortar parte do repasse financeiro feito à instituição;

Em 11 meses, conseguiu desagradar universitários de Campina grande, ao ensaiar a transferência da sede da UEPB de Campina para João Pessoa, como chegou a denunciar o vice-prefeito de Campina Grande, José Luiz Júnior;

Mas Ricardo, neste período, também desagradou aliados, que seguraram suas insatisfações por um bom tempo, mas que passaram a externá-las pouco menos de um mês antes do primeiro ano de governo, por não agüentar mais.

Desagradou o ex-Deputado Federal Carlos Dunga, que andou reclamando do calote aos fornecedores do leite no Cariri;

Desagradou o Deputado Estadual Adriano Galdino, que abriu as baterias contra a Cagepa, acusando-a de maltratar os consumidores;

Desagradou aos deputados aliados na Assembléia Legislativa, ao ponto de perder alguns para a bancada de oposição (olhe que, para um deputado deixar o governo, com todas as benesses que lhe são oferecidas, e ir para a oposição, é preciso ter ocorrido algo muito grave);

Desagradou o Deputado Federal Damião Feliciano, que, como Médico, deu carga na imprensa contra o processo de terceirização da Saúde na Paraíba e contratação de médicos de fora para atender à população;

Desagradou o principal aliado – e, arrisco dizer, embora o próprio Ricardo e seu Coletivo não admitam, o grande responsável pela sua eleição – Cássio Cunha Lima, ao se negar a cumprir os Planos de Cargos aprovados no governo do Tucano;

E, para completar, agora desagrada também o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o próprio PSB, presidido por Eduardo, pois segundo o jornalista Ilimar Franco, do Jornal o Globo (Coluna Panorama Político), Eduardo está ‘P’ da vida com o governador paraibano, por ter virado-lhe as costas na eleição de sua mãe, Ana Arraes, para o Tribunal de Contas da União – TCU;

Com esta nova fase do governo, vemos que Ricardo Coutinho estava certo quando, em sua posse, afirmou que o tempo dos políticos havia chegado ao fim a partir de 1.º de janeiro de 2011 – até mesmo se colocando fora do grupo dos políticos.

Nisso, ele tem se superado.

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