Entre o Governo e a oposição está declarada uma guerra de informações vazadas. Nesta troca de petardos, cada um tenta desmoralizar o outro como pode. E os paraibanos vão assistindo um espetáculo improdutivo em que Governo e Prefeitura à vista do povo disputam o troféu da improbidade administrativa.
A brincadeirinha começou com a divulgação de áudios vazados. O primeiro áudio tornado público, de grande impacto e que até agora ressoa e indigna a Paraíba, foi detonado pela oposição, retratando uma conversa reservada e comprometedora entre o secretário de Planejamento, Waldson de Souza, e o procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro. Ambos supostamente fazem um arrumadinho para tentar fraudar licitação.
Na seqüência e do nada, os aliados do Governo do Estado arrumaram um áudio para detonar a gestão do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, que faz oposição ao Palácio da Redenção. Nem de longe o áudio arranjado contra a Prefeitura de João Pessoa tem o teor corrosivo que tem aquele em que aparecem Waldson Gilberto. O áudio mais recente é péssima qualidade, que não é audível o suficiente para que se entenda a conversa entre os secretários Diego Tavares e Adalberto Fulgêncio. Ouvi duas vezes e não entendi pátavina nenhuma. Portanto, dali não dá nem pra gerar suspeita.
Não quer dizer, porém, que o esquema político que gira no entorno da Prefeitura de João Pessoa seja santo ou esteja imune à corrupção; nada disso. É que aquele áudiozinho arrumado para ser uma bomba não passa mesmo de um peido-de-veia…
Por enquanto, o Governo do Estado está perdendo a guerra de informações vazadas, para a Prefeitura de João Pessoa.
Em tempo: os secretários do Governo que aparecem na suposta lambança da licitação e da Cruz Vermelha vão mesmo pedir o boné? Ou governador João Azevedo vai mantê-los, mesmo correndo o risco de no futuro ser acusado de conivência?
PS: Homi, já dizia a minha avó, Mamãe Mocinha: é melhor perder uma parte do boi do que o boi todo…
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