A extinção dos partidos políticos em 1965 foi um dos erros do regime militar. Aconstatação é do historiador José Octávio de Arruda Melo, para quem a decisão levada adiante pelo presidente Castelo Branco (o primeiro do ciclo militar que durou até a primeira metade dos anos 80), na tentativa de controlar os adversários do regime, só contribuiu para o fortalecimento das legendas extintas, como a União Democrática Nacional (UDN), o Partido Social Democrata (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Segundo ele, no momento em que o regime promoveu a extinção, os partidos estavam em fase de fortalecimento e já existiam há pelo menos 20 anos. Estavam ganhando consistência programática, principalmente o PSD, a UDN e o PTB, reforçou José Octávio, para quem aqueles partidos que surgiram antes do regime tinham ideologia, diferentemente dos mais de 35 existentes hoje, com raras exceções. Se não tivessem sido ceifados pelo regime militar, UDN, PSD e PTB estariam hoje com mais de 70 anos e o Brasil seria comparado a alguns países da Europa em termos de consolidação partidária.
Essa consistência a que José Octávio se refere não se extinguiu junto com os partidos. Pelo contrário, ficou impregnada no imaginário popular e nas mentes das pessoas. Resiste até hoje no interior da Paraíba, em alguns municípios com mais força e nitidez. Um exemplo de força da UDN e do PSD vem do município de Taperoá e foi constatado por uma autoridade do Poder Judiciário local.
Redação
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