Hugo Motta se destaca na corrida pela presidência da Câmara com apoio do PT e PL em pautas econômicas

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Hugo Motta (Republicanos-PB) se posiciona como favorito na disputa pela presidência da Câmara, tendo votado com o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 53,8% das ocasiões, e com o PL, de Jair Bolsonaro, em 46,2%. Esse levantamento considera as votações nominais em projetos prioritários para o terceiro mandato do chefe do Executivo.

Motta tem se alinhado mais frequentemente à oposição em questões relacionadas à “pauta de costumes”, como evidenciado por seu apoio à derrubada do veto de Lula a um trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que proibia o uso de recursos para ações que incentivem o “aborto” e a “transição de gênero”.

No entanto, o deputado tende a ser favorável ao governo em questões econômicas, consideradas as mais críticas para Lula. Ele apoiou todas as seis propostas econômicas de interesse do governo federal que passaram por votação nominal, incluindo a recriação do Dpvat e a reforma tributária.

SUCESSÃO NA CÂMARA

Atualmente, Motta conta com o respaldo de oito partidos, especialmente após Elmar Nascimento (União Brasil-BA) ter sido preterido pelo próprio partido e ficar isolado na disputa. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), oficializou Motta como seu candidato na última terça-feira (29 de outubro de 2024). O PSB e o PDT também se juntarão às siglas que apoiam Motta, com um anúncio conjunto previsto para esta semana.

Outro candidato à presidência da Câmara é Antonio Brito (PSD-BA). Brito informou que o presidente do partido, Gilberto Kassab, pretende seguir com ele na disputa. Ambos se reuniram com Elmar Nascimento no último sábado (2 de novembro) em São Paulo. Brito se apresentou como “o candidato do consenso”, afirmando que mantém diálogo com todos os setores da Casa Baixa – direita, esquerda e centro.

Uma reunião da bancada do partido na Câmara está agendada para terça-feira (5), onde será discutido se Brito deve continuar na corrida. Antes de tomar uma decisão final, ele pretende negociar os termos, já que se um candidato se lançar e não conseguir vencer, a bancada ficará sem representação na Mesa Diretora.

Redação

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