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Hugo retira dois integrantes do Republicanos da CPI do MST que desagradava o PT

Parlamentar paraibano que apoiou Bolsonaro manteve esposa na gestão Lula

O partido Republicanos, que integrou oficialmente a chapa pela reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022, determinou pelo líder do partido na Câmara, o deputado paraibano Hugo Motta, ontem (8) a retirada de dois dos seus parlamentares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o MST. A decisão ocorre em meio às articulações para o Republicanos indicar ministro para a Esplanada do presidente Lula (PT).

A decisão seria um dos primeiros passos para oficializar a entrada do partido para a base de apoio do governo do PT. De acordo com o ofício enviado à Presidência da Câmara dos Deputados por Hugo Motta (PB), os deputados Messias Donato (ES) e Diego Garcia (PR) serão desligados da CPI pelo partido. Ambos os parlamentares são integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária, o setor mais afetado por invasões criminosas de terras. Interlocutores da CPI do MST atestam que os deputados não foram informados previamente do desligamento.

O discurso hoje do deputado líder do Republicanos, Hugo Motta difere bastante do que dizia em abril deste ano, quatro meses atrás, quando assumia a vice-presidência nacional do partido e afirmava: “Manteremos nossa independência”, dizia Hugo Motta, sobre apoio ao governo Lula. Há quatro meses atrás, Hugo afirmava à imprensa paraibana que o partido iria manter postura independente com relação ao governo Lula (PT). “Vamos manter nossa independência. Isso nos dá o direito de dialogarmos com o governo sobre pautas que convergimos, como o arcabouço fiscal. Não temos interesse de fazer oposição por oposição. Ficamos a favor do que entendermos ser bom para o país e ficarmos contra as pautas que entendermos que representem retrocesso para a população brasileira”, afirmava.

Também em abril deste ano, em contato com o portal o presidente nacional do Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira, refutava qualquer possibilidade de adesão da sigla à gestão do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). Ele se referia à manutenção da esposa de Hugo Motta, Luana Medeiros Motta, como assessora na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) e a possível indicação de um afilhado seu também para Codevasf na Paraíba. “Não vai nos levar para a base”, dizia Marcos Pereira.

Questionado pelo portal o que achava do posicionamento do deputado federal e presidente estadual do Republicanos na PB de já pedir cargos no governo Lula em troca de apoio político ao PT, Marcos Pereira respondeu ao portal “O Republicanos seguirá independente ao governo Lula por uma questão pragmática e bem definida no nosso Manifesto Político: somos liberais na economia e conservadores nos costumes, logo, são conceitos distintos do atual governo. De toda a nossa bancada, de mais de 40 deputados federais, no máximo 12 a 15 parlamentares estariam dispostos a compor a administração federal. A possível disponibilidade de cargos por parte do governo não vai nos levar para a base”, afirmava o presidente nacional da sigla.

Da Redação

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