Depois de conversar por mais de duas horas com a presidente Dilma Rousseff, o ministro Nelson Jobim (Defesa) disse na sexta-feira (1º) que "estão querendo fazer intriga", porque ele não está demissionário e suas relações com Dilma "estão ótimas". A culpa, segundo ele, é da imprensa.
Jobim elogia FHC e diz que hoje tem de tolerar ‘idiotas’
Governo avalia que declaração de Jobim foi superdimensionada
Na versão do ministro à presidente e depois à Folha, ele afirmou que se referia a "alguns jornalistas" quando disse, na festa pelos 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no Congresso, que "os tempos mudaram" e que "os idiotas perderam a modéstia". Ou seja, os idiotas seriam jornalistas.
No discurso para FHC, o ministro citou Nelson Rodrigues: "Ele dizia que, no seu tempo, os idiotas chegavam devagar e ficavam quietos. O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância […] com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento".
A avaliação corrente foi a de que o ministro estava defendendo o governo tucano e atacando indiretamente o governo do PT. Na sexta-feira, ele usou o final da frase –”escrevem para o esquecimento"– para justificar que se referia a jornalistas, especificamente àqueles que foram críticos ao governo FHC.
Houve, porém, outros momentos dúbios do discurso. "Se estou aqui, foi por sua causa", declarou a FHC, sem citar Dilma nem Lula.
Também disse que o tucano "nunca levantou a voz para ninguém, nunca criou tensionamentos entre os que o assessoravam", o que foi interpretado como comparação com Dilma, que tem fama de gritar com assessores.
Segundo Jobim, não foi alusão a ninguém, mas sim "uma constatação, a de que o Fernando [Henrique] tem um ótimo temperamento".
Uma curiosidade é que militares acharam graça da hipótese de Jobim criticar o estilo duro de Dilma. Segundo eles, seria "o sujo falando do mal lavado", pois Jobim também grita com assessores.
Quem falou pelo Planalto foi a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), que acompanhou o encontro dos dois. Ela disse que o tom foi ameno e negou que a fala sobre "idiotas" tenha sido um recado para o governo.
Já para o líder do governo no Congresso, Mendes Ribeiro (PMDB-RS), a frase "permite que a gente avalie a entrevista como uma coisa próxima de sua inteligência".
O ministro disse que, ao recebê-lo, Dilma brincou: "Estão querendo intrigar a gente?". Na versão dele, o encontro já estava marcado para as 11h, para tratar do sigilo de documentos. Na versão do Planalto, Dilma cancelou viagem, às 12h, devido ao mau tempo no Paraná.
Folha Online
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