Categorias: Política

Índice Firjan contrapõe discurso de Ricardo contra Campina

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Todo mundo lembra aquela fatídica audiência ocorrida no primeiro semestre de 2011, quando o prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo foi recebido, no Palácio da Redenção, pelo governador Ricardo Coutinho. Na época, após um ‘chá de cadeira’ de duas horas e 35 minutos, Veneziano finalmente entrou na sala do governador para pedir o empenho e a presença do Governo do Estado em Campina.

Levou uma pauta com 12 pedidos – todos negados e, até hoje, engavetados pelo governador. Porém, o que mais chamou a atenção foi, em determinado ponto da audiência, o governador ter sacado do bolso do paletó um ofício, pedindo que Veneziano melhorasse os índices de Educação e de Saúde de Campina Grande. Caso contrário, o Governo do Estado iria virar as costas para a cidade, não direcionando-lhe um centavo de investimento.

Veneziano saiu da audiência preocupado. Pensava consigo como poderia ter ido à audiência ‘desarmado’, pois não esperava que o governador tomasse tal atitude. Ele foi para, civilizadamente, discutir com o governo investimentos em Campina, não levar carão de ninguém. Mas o que mais preocupava Veneziano não era a falta de respeito do governador, mas os números usados por Ricardo Coutinho para constranger Campina.

Ricardo apresentou uma planilha com dados sobre Educação que, dizia ele, serem de Campina, com elevado índice de repetência nas escolas e baixos índices de aprovação. Na saúde, os índices apresentados pelo governador referiam-se a metas não alcançadas.

Pois bem. Não deu uma semana e a farsa foi desfeita. O próprio Governo do Estado, através das secretarias de Saúde e de Educação, emitiu boletins, por solicitação da Prefeitura de Campina Grande, com os dados coretos (são documentos públicos, por isso o Estado não poderia se negar a emiti-los).

Eis que os índices apontavam o contrário: os dados referentes à Saúde e à Educação de Campina, no que se refere à competência da Prefeitura, eram dignos de elogios. E, por ironia do destino, os dados de Campina Grande referentes à Saúde e Educação no que se refere à competência do Estado eram deploráveis. E, mais coincidentemente ainda, eram justamente os mesmos números apresentados pelo governador como sendo da Prefeitura.

Das duas uma: ou o governador usou de má fé e forjou um documento estadual, apresentando-o como municipal; ou algum assessor (por má fé também ou por descuido), entregou ao governador os dados do Estado como sendo da Prefeitura e deu no que deu.

Fiz este histórico para entrar no assunto que quero tratar agora: é que, mais uma vez, a máscara cai e a farsa vem à tona. É que os dados da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro – Firjan divulgados esta semana também contrapõem o que disse o governador na fatídica audiência. O Índice Firjan de Desenvolvimento apresentou, por mais um ano consecutivo, crescimento acentuado dos indicadores de Campina (Saúde e Educação no meio).

Campina Grande apresentou este ano um Índice Firjan de Desenvolvimento de 0,7393 – maior que o da Paraíba, que ficou em 0,6351 e maior que os de outros 19 estados brasileiros (inclusive maior que os índices dos 9 estados nordestinos). Em relação ao ano passado (quando foram analisados os dados referentes a 2008), Campina apresentou aumento considerável em todos os indicadores: no geral, passou de 0,7097 para 0,7393.

No detalhamento do índice, Campina ficou à frente da Paraíba nos três itens: Em Educação, a cidade apresentou índice 0,6762; enquanto a Paraíba apresentou 0,6394. Na Saúde, Campina Grande apresentou índice 0,7798 e a Paraíba 0,7723. Já no item Emprego & Renda, Campina Grande apresentou índice 0,7620 e a Paraíba 0,4937. Eis aí mais uma prova de que os dados apresentados pelo governador são, realmente, dados do Estado e não da Prefeitura.

No item Educação, Campina ficou à frente de outros 13 estados. No item Saúde, ganhou de 15 estados. No item Emprego & Renda, Campina Grande teve o maior crescimento anual, obtendo índice superior aos de 23 estados brasileiros. Campina Grande não apenas ficou à frente da Paraíba, mas de todos os nove estados nordestinos, 19 estados brasileiros e de importantes cidades do Brasil.

Dentre cidades que tiveram índices inferiores aos de Campina estão Manaus-AM, Macapá-AP, Rio Branco-AC, Nova Iguaçu-RJ, Gramado-RS, Imperatriz-MA, Goiana-PE, Parati-RJ, Gravatá-PE, Olinda-PE, Bagé-RJ, Fernando de Noronha-PE, Petrolina-PE, Toritama-PE, Santa Cruz do Capibaribe-PE, Caruaru-PE, Garanhuns-PE, Feira de Santana-BA, Camaçari-BA, Ilhéus-BA, Juazeiro-BA, Mossoró-RN, Caicó-RN, etc.

O Índice Firjan de Campina Grande começou a apresentar evolução acentuada a partir de 2005, quando Veneziano assumiu a Prefeitura. O quadro da evolução anual aponta que, no ano de 2000, a cidade tinha um índice de 0,5481. Em 2005, Campina atingiu 0,6784; em 2006, 0,7097; em 2007, 0,7022; em 2008, 0,7384 e agora, 0,7393.

Por essas e outras, governador, é que eu sempre digo: não brinque com Campina não.

E o senhor tem abusado de brincar com esta cidade…

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