A irmã do deputado estadual Gervásio Maia Filho (PMDB), Izabela Maia, fez um desabafo em seu perfil do Facebook onde apoiou a decisão do peemedebista de não aceitar disputar a eleição de outubro próximo, na condição de vice-prefeito na chapa do partido. Na ocasião, Izabele ‘detonou’ o ex-governador e candidato do PMDB.
“Francamente, basta de palhaçada… A Era ditatorial precisa findar”, dispara Izabela Maia que vai mais além e questiona: “E É NESSE POVO QUE VOCÊ VAI VOTAR?”. Em seguida, responde: “EU NÃO…” utilizando caixa alta, que, na linguagem virtual, é equivalente ao grito.
Izabela Maia explica que tomou tal decisão porque não se entregará ao que chama de “hipócrita exercício da cidadania” e que não seguirá a premissa de que votar no “melhorzinho” é o ideal, já que alguém inveitavelmente chegará ao poder.
“Sinto muito, cidadania, abstenho-me por completo e sem qualquer peso na consciência!”, desabafa e mais uma vez questiona: “Até quando seremos reféns?”, fazendo referencia ao jogo político que permeia a sociedade paraibana.
Para defender a posição do irmão, Izabela vai buscar argumentos na história da família e lembra que o pai, também Gervásio, aceitou ir para o sacrifício e amargou o ostracismo durante anos. Ao lembrar da morte do genitor dispara: “Nunca foi rei, serviu como pode… e, a partir dali, era página virada”.
Por outro lado, destaca que aquele que nunca aceitou determinada coisa, não tem como, do encargo assumido, se desvencilhar, pois segundo Izabela, este nunca fez parte do seu universo de escolhas.
“Também não há a possibilidade de se deixar de lado quem nunca esteve, verdadeiramente, por perto. Ou melhor, esteve, de acordo com as eventuais conveniências”, alfineta mais uma vez José Maranhão acusando de não estar do lado de Geravásio Maia.
Sem querer deixar dúvidas em sua declaração, reforça a afirmação através de um questionamento: “De forma mais clara: VOCÊ TEM COMO DESISTIR DO QUE NÃO ACEITOU?”
Isabela segue o desabafo e conclui da seguinte forma: “Detesto quando o meu sangue político resolve se manifestar”
Leia do desabafo na íntegra
Sem querer falar muito, mas meio que falando de tudo um pouco:
Aquele que NUNCA aceitou determinada coisa, não tem como, do encargo assumido, se desvencilhar, afinal, ele NUNCA fez parte do seu universo de escolhas. Também não há a possibilidade de se deixar de lado quem nunca esteve, verdadeiramente, por perto. Ou melhor, esteve, de acordo com as eventuais conveniências.
De forma mais clara: VOC…Ê TEM COMO DESISTIR DO QUE NÃO ACEITOU? Será que a sociedade não tem a percepção de que o não comparecimento ao ato de lançamento retratou a mais plena recusa? Certas decisões, sob a minha óptica, são difíceis de serem tomadas; porém, são mais do que necessárias.
Quem tiver memória, há de se lembrar, com facilidade, dos fatos motivadores dessa escolha, todos eles arraigados numa longa e tenebrosa falta de compromisso com aquele que deixou o certo pelo duvidoso, em nome de uma fidelidade partidária. Melhor não entrar em detalhes. Mas um fato doloroso pode, aqui, ser lembrado: ouvimos no dia da missa de sétimo dia de meu pai, eu aos sete meses de gestação do meu caçula, e minha irmã com 10 semanas de gestação de sua primeira filha: "Le roi est mort". Nunca foi rei, serviu como pode… e, a partir dali, era página virada. E a infeliz frase, no mínimo cruel, jamais será deletada, afinal, também sou Maia.
Pena que o acesso aos bastidores desse mundinho seja por demais restrito… Muitos são os que não enxergam que determinadas posturas ditatoriais não são específicas de um só lado… Desconhecer os fatos e não alargar a visão das coisas, nem que seja pela malícia, faz ver o mundo bem mais colorido do que de fato o é. Determinadas histórias não podem e não devem se repetir. E, para isso, é preciso que não haja passividade, anulação, benevolência e atendimento a caprichos. NÃO-ACEITAÇÃO e DESISTÊNCIA são atos completamente distintos.
E o homem que está do lado de cá opta pela sensibilidade e pela prudência, mantendo a compostura. E, graças a Deus, não repete o seu, sem sombra de dúvidas admirável pai, que, à época, apesar da insatisfação familiar, aceitou a simbólica sentença de morte, sem ambição e em nome de um bem maior.
Bem maior que o deixou fora de cena por dois anos… Bem maior que, até na hora da morte, exigia o uso da gravata vermelha como representação ideológica. Não me arrependo de, naquele momento, ter mandado o bem maior para o lugar merecido e ter enterrado o meu pai com a gravata de cor diversa (o que não passa de um detalhe amargo, diante de tantos outros desconhecidos do público). A lição até hoje reverbera em nossas mentes… Gratidão, compromisso e fidelidade foram palavras facilmente substituídas por escanteio, traição e desprestígio. Francamente, basta de palhaçada… A Era ditatorial precisa findar…
E É NESSE POVO QUE VOCÊ VAI VOTAR? EU NÃO… Desta vez não vou pelo hipócrita exercício da cidadania e pela premissa de que votar no “melhorzinho” é o ideal, já que alguém chegará ao poder… Sinto muito, cidadania, abstenho-me por completo e sem qualquer peso na consciência! Até quando seremos reféns?
É preciso coragem… E ainda acho que a máxima “O povo tem o governo que merece” cairia melhor como “A elite, que tanto reclama quando não se locupleta, tem realmente o governo que merece e, por isso, deveria se manter em silêncio, como símbolo de subserviência aos reinados”. Detesto quando o meu sangue político resolve se manifestar. Fica a dica!
MaisPB
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