Mesmo passados quase um mês, a mudança no comando do Solidariedade na Paraíba ainda continua gerando mal-estar dentro da legenda.
Um dos mais críticos é o vereador de João Pessoa, João Almeida, que está reclamando da falta de diálogo da nova executiva estadual da legenda, que tem a frente o deputado estadual Bruno Cunha Lima, com os diretórios municipais.
Segundo Almeida, está faltando diálogo e sobrando autoritarismo.
“Essa história de coronelismo e de dono de partido não cabe mais na política atual”, disse.
Indagado se o recado seria para o novo presidente, o ex-tucano Bruno, Almeida evitou confirmar o nome, mas completou: “Estou dizendo que não cabe mais esse negócio de dizer eu sou o dono e vai para onde eu quiser. Aliás, se assim for, para mim não cabe. Não me cabe em um ambiente onde as coisas são decididas na base do autoritarismo, como se fosse um dono de partido, isso para mim e acho que para toda população da Paraíba e do Brasil não cabe mais. A gente enxerga que a política se modernizou, o partido é uma instituição com caráter público muito enraizado, apesar de ser privado, até porque existem verbas públicas, existem repasses públicos e isso tem que ser demonstrado da maneira mais transparente possível, de maneira firme e democrática, e não a bel prazer de quem se acha o dono da sigla”, disparou, expondo as fissuras diante da nova administração da agremiação.
Apesar do desabafo do correligionário, Bruno Cunha Lima evitou polemizar o caso via imprensa, mas garantiu que vai tentar aparar as arestas.
"Eu já disse diversas vezes que não vou trocar farpas com João, muito menos pela imprensa. Eu já disse que vim para o partido em missão de paz, para ajudar a formar uma sigla, inclusive com a ajuda dele, apurando os diretórios municipais, para que a gente possa fortalecer a legenda para o maior número de cidades, com pessoas que querem fazer a pólítica com respeito", ressaltou.
Bruno disse que no momento oportuno opartido, uma vez fortalecido, irá definir internamente as predileções de candidaturas.
"Além de tudo vamos dialogar com outros colegas da oposição, de outros partidos, para que possamos fazer uma composicao em torno de ideias e não de interesses pessoais. Jamais ninguém ouviu ou ouvirá alguma proposta que aborde esse interesse pessoal", arrematou.
Márcia Dias
PB Agora
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