A questão da reforma da Previdência será tema da reunião dos governadores em Brasília, amanhã (02), que contará com a presença do governador João Azevêdo (PSB), que já disse que pretende conversar com os integrantes da bancada federal para analisar a proposta desde que a mesma proposta não prejudique os menos favorecidos do País e que também atenda os estados.
“Se encontrarmos a equação: retirar todos os pontos controversos e criar as condições para se reduzir os déficits dos estados, vai se criar um ambiente para que se possa voltar a discutir com a base, para saber a posição de cada um. O PSB já marcou reunião para rediscutir o projeto antes da votação em plenário, que já não é mais o projeto original, é outro, por que a Câmara dos Deputados alterou diversos pontos. Não podemos aceitar que o preço seja pago por quem ganha menos. Mas acho que é possível encontrar um meio termo que interesse a estados, municípios e à União. Por que senão, teremos uma reforma que vai beneficiar, único e exclusivamente, a União”, disse João.
O relator do projeto da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou que, apesar de adiamento da sessão da comissão especial na Câmara, é possível votar a proposta no plenário da Casa antes do recesso de julho. Até lá, o PSB da Paraíba pretende se reunir apara unificar a votação em torno da matéria, disse o governador do Estado, João Azevedo. Ele ressaltou, ainda, que alguns deputados ainda se mostram contrário, principalmente sobre a extensão das novas regras de aposentadoria a estados e municípios.
Azevedo explicou que o PSB fechou questão inclusive quanto à apresentação do primeiro relatório da reforma, que da forma como estava não podia ser votado e os socialistas concordavam claramente em relação a isso. Tanto é que a carta dos governadores que saiu em Abril foi nessa direção em dizer que não havia acordo em quatro pontos, entre eles, a manutenção dos Estados e do Distrito Federal na Nova Previdência, a fim de garantir o equilíbrio fiscal e o aumento dos investimentos vitais.
A segunda questão foi em relação como financiar o déficit dos Estados que, conforme o governador, “está ou não na reforma não é suficiente para que eles tomem para si ou se empenhem para a sua aprovação porque do jeito como está posta, a reforma resolve apenas de 10 a 15% os déficits dos Estados, “apenas isso”, destacou Azevedo, acrescentando que não se resolve o déficit como um todo, mas que já foi dito aos presidentes do Senado (Davi Alcolumbre) e da Câmara Federal (Rodrigo Maia), que precisariam sair dessa reforma com uma solução para equaciona isso. Hoje, a soma dos déficits estaduais é de R$ 80 bilhões. Na Paraíba, o déficit é de R$1,2 bilhão por ano.
Redação
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