Em entrevista nesta quarta-feira (23), o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania) tratou como equivocada a decisão do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), de judicializar o decreto para conter a pandemia do coronavírus e que impõe medidas restritivas para forçar o isolamento social.
Segundo o governador, o gestor ignora o fato de que Campina Grande é responsável por atender não apenas seus munícipes, mas também a população de outros 70 municípios dentro do plano de contingência, inclusive recebendo recursos do Ministério da Saúde para suprir tal demanda.
João ressalta que atualmente o número de leitos na cidade é suficiente apenas para atender a própria cidade.
“Eu acho que ele está equivocado, não está considerando que Campina Grande atende e é polo para 70 municípios e o número de leitos da cidade hoje disponível atende pensando apenas em Campina Grande, mas a cidade recebe recursos do Ministério da Saúde para atender a 70 cidades dentro do plano de contingencia, e esses leitos poderão ser ocupados de uma hora para outra se não tivermos e mantivermos as medidas necessárias para manter o distanciamento”, ressaltou.
Sobre a judicialização do processo, João disse que assim que a Procuradoria Geral for acionada irá enfrentar o tema e apresentar os argumentos necessários. “Se houver recurso na justiça nós iremos enfrentar dentro da justiça, que é o espaço adequado para esse tipo de discussão”, emendou.
O prefeito Romero Rodrigues, no entanto, alega que o decreto é injustificável para Campina Grande. “No âmbito de Campina Grande, consideramos o decreto totalmente injustificável e desproporcional, por conta dos números e resultados que o Município apresenta neste momento em relação à Covid-19 – destacou Romero Rodrigues, revelando que a taxa local de transmissibilidade da doença é menor do que a registrada há dois meses”, alegou.
PB Agora