Bets, cassinos e jogos de azar são altamente viciantes. Prometem vias rápidas para a riqueza, mas entregam – para boa parte daqueles que se arriscam – pobreza, desordens familiares e corrosão social.
No Brasil, os dados já são alarmantes: aproximadamente, dois milhões de brasileiros têm vício compulsivo em jogos de azar. Varejistas já falam de uma “epidemia de bets” que faz com que pessoas deixem de consumir o básico para apostar.
A situação é tão preocupante que existe associação de Jogadores Anônimos com propósito semelhante aos Alcoólicos Anônimos. Além de facilitar lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, os relatos de destruição de famílias e de problemas sociais se multiplicam.
Os princípios bíblicos são condenatórios às práticas de jogatina de azar: as apostas são expressão de ganância e as Escrituras alertam contra cobiça (Êx 20:17; ITm 6:10); deposita-se confiança na sorte, não na providência de Deus (Mt 6:33); troca-se o meio do trabalho pela sorte (Gn 3:19; II Ts 3:10).
A jogatina de azar também demonstra falta de contentamento em Deus e em sua providência (ITm 6:6). Na ética bíblica, o Senhor ordena: “contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: ‘Nunca o deixarei, nunca o abandonarei’” (Hb 13:5).
O vício em jogos de azar é uma doença classificada pela Organização Mundial da Saúde, chamada “ludopatia”. A disseminação de jogos de apostas, especialmente aqueles online, no Brasil tem aumentado o número de viciados, prejudicando famílias e comunidades.
É preciso enfrentar essa questão em três níveis: 1) Oferta de serviço público de saúde para ajudar apostadores compulsivos; 2) Criar urgentemente uma rígida regulamentação limitadora dos algoritmos das bets e dos jogos de apostas online, com punições severas se violação;
3) Aumentar a conscientização social e o nível de educação moral para que os indivíduos escolham não se arriscar nesses jogos. A resposta a essa epidemia precisa vir, principalmente, de uma mudança de consciência dos indivíduos.