O jornal francês Libération estampou em sua capa desta sexta-feira (5) o pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, com a manchete: “Racista, homofóbico, misógino, pró-ditadura. E mesmo assim ele seduziu o Brasil”.
O tradicional jornal de opinião, alinhado à centro-esquerda, traz na edição uma reportagem de cinco páginas sobre o candidato líder nas pesquisas e o contexto eleitoral brasileiro. Bolsonaro também é o tema do editorial do jornal, intitulado “Ameaça”.
Além de abordar a campanha eleitoral e a alta popularidade de Bolsonaro, o periódico francês traz uma reportagem sobre o movimento de mulheres que foi às ruas no último sábado (29) sob as palavras de ordem “Ele não”, contrárias à candidatura do militar.
O jornal trata de declarações a que chama “negacionistas e racistas” do capitão reformado em relação à escravidão, e também o caracteriza como nostálgico da ditadura militar, que ele chama de “Revolução de 1964”.
Episódios da campanha, como a prisão do ex-presidente Lula e a facada que Bolsonaro levou no início de setembro, também são relatados na reportagem. O processo eleitoral brasileiro parece, segundo o jornal, fruto de um roteirista “diabolicamente criativo”.
O Libération explica de duas formas a ascensão de Bolsonaro nas pesquisas. De um lado, as classes médias são atraídas pela retórica que defende carta branca a policiais e a militares para atirarem contra criminosos. Por outro lado, o discurso antipetista do deputado agrada as classes mais ricas, afirma a reportagem.
Quanto ao apoio que Bolsonaro recebeu da Frente Parlamentar da Agropecuária, a reportagem francesa o atribui à promessa do militar de que indígenas e quilombolas não terão “nenhum centímetro a mais de terra”, e ao modo como o candidato pretende lidar com o conflito com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), dando fuzis aos produtores rurais, segundo informa o jornal.
No editorial, intitulado “Ameaça”, Christian Losson se pergunta se Bolsonaro seria um “Trump tropical”, em alusão ao presidente norte-americano. “Não é bem assim”, responde o próprio Losson. “O inquilino da Casa Branca ainda respeita as instituições”, afirma.
Segundo o editorialista, Bolsonaro entra em guerra contra os direitos das minorias, surfa na onda do antipetismo e encarna a direita ultraliberal “que quer privatizar 141 estatais”.
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