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Juiz barra Wallber de usar recursos públicos e símbolos policiais na campanha em Cabedelo; candidato ataca rivais

O juiz eleitoral Paulo Roberto Régis de Oliveira Lima atendeu ao pedido da coligação do candidato André Coutinho (Avante) e proibiu Wallber Virgolino (PL), candidato à prefeitura de Cabedelo, de utilizar veículos locados pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) em sua campanha eleitoral. A ação foi motivada após a divulgação de vídeos nas redes sociais de Virgolino, nos quais ele aparece utilizando coletes balísticos e outros equipamentos da Polícia Civil, além de carros locados pela ALPB para fins eleitorais.

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Na decisão, o magistrado destacou que o uso indevido de recursos públicos e a associação de símbolos oficiais com a campanha de Virgolino poderiam desequilibrar o processo eleitoral. “O perigo de dano também se encontra presente, na medida em que a continuidade do uso indevido dos veículos locados e dos símbolos oficiais pode afetar a lisura do processo eleitoral, desequilibrando a disputa em favor dos investigados. O uso de recursos públicos e a associação indevida de imagem com símbolos de autoridade podem influenciar o eleitorado, com risco de danos irreparáveis ao processo democrático”, disse o juiz.

Além da proibição do uso dos veículos locados, Virgolino também foi orientado a não utilizar símbolos, frases ou imagens associadas a órgãos de segurança pública em sua propaganda eleitoral. Em caso de descumprimento, foi fixada uma multa diária no valor de R$ 5.000.

Outro lado

Em resposta à decisão judicial, Wallber Virgolino reagiu de maneira contundente e direcionou críticas ao atual prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo (Avante), que apoia seu principal rival, André Coutinho. Virgolino acusou o prefeito de promover uma perseguição política.

“Definitivamente, esse PREFEITO DE CABEDELO quer pegar um ‘bucho’ meu. Já transcendeu a perseguição política faz tempo, é ‘amor’ mesmo”, ironizou o candidato. Ele também negou as acusações de uso indevido de veículos ou equipamentos da Polícia Civil, argumentando que está em atividade como deputado estadual e que não utiliza nenhum recurso da Polícia Civil há mais de dez anos.

“Todo mundo sabe que sou deputado estadual NÃO LICENCIADO, ou seja, na ATIVA em QAP TOTAL, bem como que não uso faz mais de 10 ANOS NADA, ABSOLUTAMENTE NADA da Polícia Civil e do Estado da Paraíba, só os amigos e boas lembranças”, afirmou Virgolino, em suas redes sociais.

O candidato concluiu sua resposta afirmando que a liminar não traz as implicações que seus adversários tentam “potencializar” e que a tentativa de manchar sua campanha será infrutífera. “Esse pobre de espírito se engana, engana judiciário, o Ministério Público, mas não engana mais o povo”, escreveu, prometendo um “fumo de Arapiraca” aos seus opositores em janeiro de 2025.

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