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Julgamento de Veneziano: A hora do TRE mostrar independência

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O julgamento do caso Maranata envolvendo o prefeito Veneziano Vital do Rêgo virá carregado de um simbolismo para o tão criticado Tribunal Regional Eleitoral. Se não cassar Veneziano, o TRE deixará claro que age com dois pesos e duas medidas. Cassando Veneziano, os senhores juízes darão um “cala-boca” em cassistas e em boa parte da imprensa paraibana que acusam o Tribunal de agir em benefício do PMDB.

A celeridade da cassação do ex-governador Cássio Cunha Lima levantou uma desconfiança na sociedade paraibana a respeito da independência do TRE. O que não é bom para o Tribunal, que não pode e nem deve ver sua imagem pública ser maculada por falta de neutralidade. Cassar Veneziano não é apenas um ato de justiça. É também uma resposta do TRE à sociedade paraibana que ainda tenta acreditar na imparcialidade da Corte Eleitoral.

Afora o simbolismo que envolve o julgamento misteriosamente tão procrastinado, o caso Maranata beira o absurdo. Cassado em primeira instância, Veneziano está sendo acusado de usar dinheiro do Fundo Municipal de Saúde, cerca de R$ 50 mil, na conta de campanha nas eleições de 2008. Se Cássio foi cassado por dar cheques de 300 reais, o que diria o TRE de um candidato que recebeu R$ 50 mil oriundos da Saúde?

O juiz determinou à época a quebra do sigilo bancário de dozes auxiliares do Governo Municipal. Na decisão, o juiz assevera ter ficado comprovado que o sócio da Maranata, Paulo Roberto Bezerra de Lima, compareceu à agência do Banco do Brasil, em agosto de 2008, véspera da eleição, e sacou cheque emitido pela Prefeitura. Em seguida, depositou a mesma quantia na conta da campanha do prefeito.

Cassado há mais de um ano, o processo do prefeito Veneziano já rodou mais do que nota de 1 real. Passou pelas mãos de três juízes. E na prática, o processo pode nem ser julgado este ano. O que prejudica mais ainda a imagem da nossa Corte Eleitoral.

Agora cabe ao TRE mostrar que é independente e livre de influências partidárias. Cassar Veneziano é fazer justiça com a população de Campina e com o próprio Tribunal, que amarga hoje a desconfiança da opinião Pública. Cassar Veneziano é mostrar para a classe política que não importa se você é cassista ou maranhista, a Corte julga de acordo com a lei.

Assim espera o povo paraibano.


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