O deputado federal Julian Lemos, do PSL, também lamentou, nesta sexta-feira (15), a demissão do ministro da Saúde Nelson Teich, a menos de um mês da nomeação, mas disse que já esperava por esse desfecho. Segundo o parlamentar, atualmente, para ocupar a pasta, o candidato deve, antecipadamente aceitar duas imposições, são elas: se anular como pessoa, ou seja, não opinar, e, segundo, rasgar o diploma de medicina.
“Na realidade não me surpreende. Eu já havia falado que alguém que fosse assumir essa pasta na gestão Bolsonaro teria que fazer duas coisas: primeiro, se anular como pessoa, porque não iria poder opinar, e segundo seria rasgar seu diploma de médico”, disse.
Julian disse que o discurso de Bolsonaro de colocar apenas quadros técnicos na gestão foi adotado apenas na campanha e no início do governo, mas hoje, passados mais de 15 meses do mandato, a realidade é outra. De acordo com o parlamentar, hoje o candidato a ministro deve concordar ipsis litteris com o que o presidente da República diz, caso contrário será exposto a vexame nacional como aconteceu com Teich na semana passada.
“Essa questão de quadro técnico ela já passou, isso foi no início, na eleição, no início do governo, hoje você tem que concordar ipsis litteris com o presidente da República. E se você por algum motivo discordar disso será exposto a um vexame como o ministro passou semana passada, que veio saber sobre uma fala do presidente pelos jornalistas. Como é que você está à frente de uma pasta complexa como esta sem ter uma conexão próxima com o chefe do executivo”, argumentou.
PB Agora