Se as eleições fossem as de 2014, em que o coeficiente eleitoral alcançado pela coligação era ponto determinante para estipular as vagas, o deputado federal Julian Lemos (PSL) estaria com vias de perder o mandato para o qual foi eleito, já que, diante da cassação do diploma da jornalista Pâmela Bório (PSL), a coligação perderia 11 mil votos e não alcançaria o número de165 mil necessários para garantir uma cadeira.
Mas Julian foi candidato em 2018 e agora a legislação eleitoral é outra. As regras do jogo mudaram, e o que antes poderia ser determinante, agora é apenas um dado matemático. O próprio Julian, em entrevista ao portal PB Agora, deixou claro que não corre risco de ser prejudicado por conta da cassação do diploma da segunda suplente do partido.
Outro que também tem convicção de que seu partido, o PSL, não será prejudicado é o deputado estadual Cabo Gilberto. Ele lembra que a sobra de votos, em vigor na atual legislação eleitoral, beneficia o parlamentar de seu partido.
“Se fosse na legislação passada nós não atingiríamos o coeficiente eleitoral, mas com a minirreforma que foi aprovada e que está em vigor, diz que não é necessário atingir esse coeficiente para eleger um parlamentar, seja federal, estadual ou municipal, nas eleições proporcionais, por isso Julian não perderá o mandato, mas se fosse na legislação anterior não atingiríamos a cláusula de barreira do coeficiente eleitoral e consequentemente não atingiríamos os votos e perderíamos a vaga”, ressaltou.
Nas eleições de 2018 Julian Lemos obteve 71.899 votos, sendo o décimo mais votado de um total de 12 vagas destinadas à Paraíba na Câmara dos Deputados.
Para 2020 e 2022, no entanto, ainda não se sabe se as regras que vigeram nessa eleição estarão ativas também para os próximos pleitos. A legislação eleitoral muda de regras como os políticos mudam de partido, constantemente.
Márcia Dias
PB Agora
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