Manoel Júnior menospreza “slogan” e diz que rótulo do “novo” defendido por RC não existe
O deputado federal Manoel Júnior (PMDB) afirmou que o rótulo do ‘novo’, tanto apregoado pelo prefeito da capital, Ricardo Coutinho (PSB), não existe. Ele, que era o nome do PMDB para concorrer à Prefeitura da capital em 2004, mas ‘cedeu’ a vaga para o então aliado socialista, disse que “quem se junta com o que já é muito velho se torna velho também”. O ‘velho’ seria uma referência ao ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB).
O peemedebista disse que chegou a ser criticado por colegas aliados quando afirmou não acreditar que Ricardo se aliasse a Cássio e ao senador Efraim Morais, do Democratas. “Na época, quando me perguntaram sobre essa união, até por uma questão de benevolência ou mesmo porque achava que era impossível, cheguei a dizer que isso nunca aconteceria. Insistiram na pergunta e eu respondi: diz-me com quem andas que eu te direi quem és”, contou Manoel Júnior.
Lembrou que em 2003 e 2004, quando exercia o mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa da Paraíba, ele e Ricardo Coutinho (colega de tribuna) combatiam o governo de Cássio Cunha Lima. “Por diversas vezes, o governo foi taxado de corrupto pelo próprio deputado Ricardo Coutinho”.
E continuou: “Se hoje ele (Ricardo) fala diferente do que falava no passado eu continuo com a mesma postura, sustentando as minhas bandeiras. Apenas me arrependo do que fizemos em 2004, de ter retirado a minha candidatura e o PMDB ter emprestado tempo de televisão, estrutura política e eleitores, pessoas que seguiam José Maranhão, para apoiar um projeto que na verdade era uma grande mentira”.
Destacou o fato dele como deputado federal e Maranhão, enquanto senador, terem contribuído através de emendas parlamentares para a administração de João Pessoa. “Em 2007, conseguimos liberar de uma emenda de R$ 23 milhões, R$ 20 milhões para asfaltamento. Eu e Maranhão nunca recebemos um agradecimento público do prefeito”.
O parlamentar falou também da emenda de R$ 17 milhões, no Orçamento Geral da União (OGU), empenhada pelo então senador Maranhão para a construção da Estação Cabo Branco, Ciência Cultura & Artes. Depois empenhou mais R$ 10 milhões. Em 2008, informou Manoel Júnior, Maranhão empenhou outros R$ 10 milhões, também destinados à Prefeitura de João Pessoa.
“Ou seja, esse governo da capital foi feito a muitas mãos. E você passar uma borracha, negar tudo isso se aliando a adversários, com aqueles que foram combatidos pelo próprio prefeito, só cabe à população julgar”, arrematou Manoel Júnior. E disparou: “o povo, infelizmente, perdoa o mau administrador, o irresponsável e até o corrupto. A única coisa que o povo não perdoa é o traidor. E a história irá dizer quem traiu quem, quem foi traído”.
Perseguição – O deputado federal Manoel Júnior disse que o prefeito Ricardo Coutinho gosta de factóides ao afirmar que a Prefeitura de João Pessoa vem sendo perseguida pelo governo do Estado.
“Se justifica todas as ações que ele praticou ao longo do tempo, não só com Maranhão, mas com todos aqueles que o ajudaram a ser prefeito, a ter governabilidade em João Pessoa, agora quando ele (Ricardo) explicitou a Paraíba a aliança com Cássio Cunha Lima e Efraim Morais”.