Justiça condena ex-prefeito e ex-vereador de Teixeira por fraude e formação de quadrilha

PUBLICIDADE

A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça condenou mais dois integrantes de um dos maiores esquemas de corrupção ocorridos na Paraíba. Desta vez, foram duas sentenças condenando Edmilson Alves dos Reis Filho (“Nego de Guri”) por fraude em processo de licitação e formação de quadrilha e Francisco de Assis Ferreira Tavares (“Assis Catanduba”) por fraude em processo em licitação. De acordo com as decisões, as penas de prisão aplicadas aos dois condenados foram substituídas pelo pagamento de multa e prestação de serviços comunitários.

Edmilson Alves era prefeito de Teixeira (PB), em 2015, e responsável por homologar o processo de licitação que favoreceu construtora ligada a Francisco de Assis, então vereador do município e aliado de Edmilson. As investigações mostraram que o ex-prefeito se associou ao ex-vereador e com os representantes das construtoras para a prática de um número indeterminado de crimes, notadamente defraudes licitatórias.

A licitação, feita para serviços de pavimentação na cidade, foi direcionada em favor da M&M Construção apenas para assegurar que Francisco de Assis ficaria com a obra, uma vez que ele, na condição de vereador do município, não poderia figurar diretamente entre os licitantes. O ex-prefeito e a Construtora Millenium, que participou do certame para dar ares de legalidade ao processo, mantinham uma parceria na qual ele executava as obras da empresa, que apenas emprestava a sua estrutura documental.

Operação Recidiva – Em novembro de 2018, uma força tarefa composta pelo MPF, Controladoria-Geral da União (CGU) e Polícia Federal (PF) desarticulou uma organização criminosa do colarinho branco que fraudava licitações reiteradamente e cometia vários outros crimes envolvendo obras públicas em diversos municípios paraibanos. O grupo também atuava no Ceará, em Pernambuco, em Alagoas e no Rio Grande do Norte, além de mascarar desvios de recursos públicos, lavar o dinheiro público desviado e fraudar os fiscos federal e estadual.

A operação foi batizada de Operação Recidiva, uma vez que os agentes criminosos presos já haviam sido anteriormente processados e condenados em casos de combate à corrupção, mas não se intimidaram com as ações do sistema de Justiça e se reinventaram, na época, em novos esquemas ilícitos. Segundo o MPF, os valores envolvidos nas fraudes realizadas entre 2015 e 2018 alcançam mais de R$ 20 milhões – relativos à execução de obras de construção civil.

Cabe recurso da decisão.

PB Agora

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Samba de Dandara Alves agita “Sabadinho Bom” neste sábado no Centro de João Pessoa

A cantora Dandara Alves vai dar o ritmo do Sabadinho Bom deste sábado (12), e…

12 de abril de 2025

Abastecimento de água é suspenso em 11 bairros de João Pessoa neste sábado

O abastecimento de água será temporariamente interrompido neste sábado (12), em 11 bairros de João…

12 de abril de 2025

Cícero Lucena: o cavaleiro sem sela rumo ao Palácio da Redenção

Prefeito de João Pessoa sinaliza possível candidatura ao governo da Paraíba em 2026 com histórico…

12 de abril de 2025

Acidente na BR-230 provoca bloqueio em trecho próximo a Avenida Beira Rio em João Pessoa

Um acidente registrado na manhã deste sábado (12), provocou o bloqueio de um trecho da…

12 de abril de 2025

Operação apreende armas com dupla acusada de envolvimento com tráfico de drogas na Capital

Dois homens que já têm passagem pela polícia por tráfico de drogas foram presos novamente,…

12 de abril de 2025

Mersinho assina urgência para Câmara apreciar PL que pede anistia aos condenados do 8/1: “Devem ser punidos”

O deputado federal Mersinho Lucena, do PP, usou seu perfil numa rede social para anunciar…

12 de abril de 2025