A Justiça Federal agendou para o dia 14 de novembro, às 9h, uma audiência de instrução na qual a ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Monique Cardoso Bório, será interrogada. A sessão, que ocorrerá por videoconferência, será conduzida pelo juiz auxiliar André Salomon Tudisco, do Supremo Tribunal Federal (STF). Testemunhas da defesa também poderão ser ouvidas na ocasião.
Pâmela Bório é ré em um processo por envolvimento nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. O movimento tinha como objetivo, segundo as investigações, desestabilizar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito democraticamente em 2022, e promover um golpe de Estado.
As acusações contra Pâmela incluem sete delitos, entre eles, dano qualificado com uso de violência e grave ameaça ao patrimônio da União. A denúncia, elaborada pela Procuradoria-Geral da República, inclui acusações de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Bório é ainda acusada de deterioração de patrimônio público tombado, conforme prevê a Lei de Crimes Ambientais (Lei n. 9.605/1998).
O episódio que deu origem ao processo ocorreu em Brasília, onde Pâmela Bório teria participado ativamente dos protestos, tendo inclusive registrado e divulgado imagens e vídeos em suas redes sociais. Nas postagens, Bório chamou militares de “covardes” por não se unirem aos manifestantes.
A defesa da ex-primeira-dama poderá apresentar testemunhas no dia da audiência, que marcará mais uma etapa no processo judicial sobre os ataques aos Três Poderes.