Embora as Eleições 2020 tenham registrado um número recorde de candidaturas de militares, o resultado das urnas mostra que eles não tiveram tanto sucesso quanto em 2016. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que o número de eleitos, entre vereadores e prefeitos, caiu de 693 para 623 no país, uma redução de 10,1%.
Se forem levados em conta apenas os vereadores, a queda é de 11% (passou de 660 para 587). Na Paraíba, no primeiro pleito pós-eleição do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), muitos pensaram que representaria uma ascensão de candidatos eleitos ligados a polícias e forças armadas, mas os números não parecem terem batido. No estado foram 192 candidatos ligados a segurança pública entre bombeiros, policiais militares, civis, militares reformados e das forças armadas.
As candidaturas são para todos os cargos, desde prefeito, passando por vice-prefeito e a maior parte, nomes que postulam vagas nas câmaras municipais. As patentes são as mais variadas, desde cabo até coronel, passando também pelos delegados ou agentes que usam os seus nomes próprios acompanhados de ‘da civil’, para que o eleitor possa identificar que o candidato é um agente da segurança.
Somente em João Pessoa foram 24, sendo quatro bombeiros, um militar das forças armadas, cinco militares reformados, dois policiais civis e 22 militares. Em Campina Grande, foram identificados 18 nomes (três bombeiros, cinco militares reformados, quatro policiais civis e seis militares). Resultado em Campina, só foi eleito o Sargento Neto (PSD) – 2.610 votos. Já em João Pessoa somente Coronel Sobreira (MDB) – 1.909 votos (0,52%).
Redação