De acordo com o vereador Bruno Farias (Cidadania), a Prefeitura de João Pessoa está dialogando e acolhendo sugestões, mas algumas pessoas continuam contrárias às alterações por, possivelmente, priorizarem interesses pessoais e, não, coletivos
Em resposta às críticas a respeito das obras para abrir vias nos arredores da Quadra de Manaíra, o Líder do Governo, Bruno Farias (Cidadania), explicou nesta quinta-feira, 10, que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) não tem o objetivo de destruir o ambiente. “Pelo contrário, a prefeitura vai revitalizar, qualificar, valorizar o espaço, e, por conseguinte, valorizar os imóveis, sejam comerciais ou residenciais, das pessoas que estão nas adjacências”, disse.
Entre as reivindicações dos moradores, Bruno Farias citou a ampliação do espaço de convivência e da área verde, melhorias na estrutura das quadras e segurança. Segundo afirmou, as sugestões foram ouvidas e acolhidas, resultando na elaboração de um projeto com modificações, apresentado ontem (9).
“Se todas essas demandas foram acolhidas pela Prefeitura, como é que há de se falar em falta de diálogo?”, questionou. Para ele, numa negociação democrática, ambas as partes precisam ceder em algum ponto: “O que percebi é que alguns representantes não queriam ceder de jeito nenhum. A Prefeitura acolheu as sugestões, mas, ainda assim, há pessoas que se mostraram contra”. Bruno sugeriu que alguns dos que estavam na reunião estariam priorizando interesses particulares: “Isso não tem outro nome, é privatização do espaço público, porque a rua existia antes da quadra. Permitir o fechamento da rua para acomodação de interesses particulares não é justo para a cidade”.
O parlamentar concluiu afirmando que o movimento é legítimo e que é sadio que o cidadão se reúna para lutar, porém, enfatizou: “Nem sempre aquilo que se acredita está acima do interesse público e das leis. O interesse público, de maneira prática e dialogada, deve prevalecer. Num diálogo democrático, a gente tem que ceder um pouquinho. A intransigência de uns não pode ser maior do que o desejo da maioria. Vivemos num ambiente democrático e o interesse coletivo deve prevalecer”.
Ascom