Líder do PSB/CG cobra que Ronaldinho se afaste de Conselho, após citação em Operação da PF
A citação do nome do vice-prefeito de Campina Grande, Ronaldo Cunha Lima Filho (PSDB) na investigação da Operação Sete Chaves da Polícia Federal repercutiu negativamente na política e oposicionistas aproveitam para pedir um posicionamento do prefeito Romero Rodrigues (PSDB) sobre o assunto.
O presidente do Partido Socialista Brasileiro em Campina Grande, Fábio Maia (PSB), exigiu publicamente que o prefeito Romero reassuma imediatamente o comando administrativo da cidade e que Ronaldinho renuncie a condição de presidente do Conselho Municipal de Segurança, por não ter condições para o cargo.
– É urgente que Romero exerça as funções para as quais foi eleito e também o vice-prefeito deve renunciar à condição de presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública, já que não mais atende às condições indispensáveis para tanto.
Entenda o caso:
Operação Sete Chaves cita Ronaldinho na ação
Neste sábado (20) repercutiu a decisão do desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5, Francisco Wildo, que indeferiu, ontem, sexta-feira (19), liminarmente, e determinou o arquivamento do habeas corpus impetrado em favor de Ronaldo da Cunha Lima Filho, vice-prefeito de Campina Grande, na Paraíba. Os advogados buscavam afastar, preventivamente, qualquer medida coercitiva que pudesse ser deflagrada, seja em desfavor de seus bens (busca e apreensão), ou em prejuízo de sua liberdade de locomoção (prisão cautelar, em alguma de suas modalidades). Já que o vice-prefeito de Campina Grande teve seu nome citado na Operação Sete Chaves que investiga o tráfico da Turmalina Paraíba, uma das pedras mais valiosas do mundo.
De acordo com os advogados de Ronaldo da Cunha Lima Filho, embora ele não seja proprietário de mineradora, acabou mencionado durante as investigações como um dos "políticos que davam suporte às empresas de mineração por interesses particulares", conforme se lê em um dos relatórios da Polícia Federal. Alegam tratar-se de informação inverídica, pois o atual vice-prefeito de Campina Grande, à época dos fatos, apenas havia firmado um contrato de prestação de serviços advocatícios com a mineradora e sequer era político.
Os advogados afirmam que durante as interceptações telefônicas, autorizadas pelo TRF5, foram captados diálogos entre Ronaldo da Cunha Lima Filho e um deputado estadual, a partir do qual a autoridade policial passou a acreditar existir uma ligação do primeiro com o minério. Sustentam, ainda, que após tomar conhecimento da referência a seu nome nas investigações, o vice-prefeito tomou a iniciativa de se apresentar perante o Delegado de Polícia Federal para prestar esclarecimentos, temeroso de que as informações incompletas e descompassadas da realidade pudessem acarretar a adoção de medidas coercitivas contra a sua pessoa. O receio de que alguma medida seja levada a cabo, segundo entendem, decorre da tramitação, na 14ª Vara Federal/PB, de um procedimento sigiloso, cuja numeração sequer foi fornecida, ainda que se tenha confirmado a sua existência.
Redação