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Lula fala sobre investigação da PF e diz que sobreviverá

Três dias após empresas de um de seus filhos terem sido alvos de uma operação da Polícia Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (29), em discurso no encontro do Diretório Nacional do PT, que sobreviverá à "pancadaria”.

Na última segunda-feira (26), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no endereço onde funcionam empresas de Luís Cláudio Lula da Silva, filho mais novo de Lula. A ação foi um desdobramento da Operação Zelotes, que investiga fraudes em julgamentos e vendas de sentenças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda, e incentivos fiscais supostamente irregulares em favor de empresas do setor automotivo.

“Não queria que ficassem preocupados com esse problema. Ninguém precisa ficar com pena, porque se tem uma coisa que aprendi na vida é enfrentar a adversidade. Se o objetivo é truncar qualquer perspectiva de futuro, então vão ser três anos de muita pancadaria e, pode ficar certo, eu vou sobreviver”, afirmou o ex-presidente, aplaudido pela plateia de dirigentes petistas.

No início do discurso, Lula afirmou que o partido vive o maior “bombardeio” da história do país, “atacado 24 horas por dia”.

“Quero compartilhar com vocês o que estou vendo. A primeira coisa que acho que temos que fazer é uma aferição correta sobre a conjuntura política. Certamente nós não vivemos o nosso melhor momento. Nós vivemos um momento de um acirrado bombardeio contra o PT e os petistas. Acho que nunca houve na história do país o bombardeio que nosso partido recebe 24 horas por dia”, afirmou.

No discurso, Lula também atribuiu parte da atual crise à "mudança de discurso" do governo da presidente Dilma Rousseff em relação às promessas da campanha eleitoral do ano passado. Na avaliação de Lula, a presidente está fazendo exatamente o que afirmou que não faria enquanto tentava conquistar mais um mandato.

O ex-presidente destacou em outro momento que a aprovação das medidas de ajuste fiscal pelo Congresso é mais importante que "derrubar" o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

“Nós não podemos ficar mais seis meses discutindo ajuste, não podemos passar mais seis meses discutindo CPMF. Temos de começar a votar amanhã, se for o caso [o ajuste], porque tudo o que interessa à oposição é que a gente arrume 500 pretextos para discutir qualquer assunto e depois a gente discuta o que interessa: aprovar as coisas que a Dilma mandou para o Congresso”, disse.

“Ah, primeiro vamos derrubar o Cunha, depois vamos derrubar o impeachment e, depois, se der tempo, a gente tentar as coisas que a gente quer. Eu acho que é importante a gente medir [as prioridades] porque o tempo do governo urge”, concluiu.

 

 

G1

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