Lula inaugura gasoduto e fala em independência da Bolívia

Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, participou nesta quarta-feira da inauguração do gasoduto Cabiunas- Reduc III (gasduc III), o maior gasoduto em diâmetro da América do Sul com capacidade para transportar 40 milhões de metros cubicos de gás por dia. O gasoduto, que pode transportar o gás natural produzido nas bacias de Campos e Espirito Santo, o gás importado da Bolivia e o gás proveniente do terminal de tegaseificação da Baia de Guanabara, representa um passo estratégico importante em direção a independência do Brasil em relação ao gás da Bolivia.

“Ainda precisamos do gás da Bolívia, mas estamos caminhando para independência. Num pico de energia como o que estamos atravessando agora com esse calor, temos capacidade de suprir as nossas necessidades, principalmente do Sudeste, que tem um dos maiores consumos de energia de todo ao País”, disse Dilma.

Durante o discurso de inauguração, o presidente Lula disse que a prioridade número um do momento é energia elétrica.

“Se tiver uma crise grande de energia, a primeira coisa que vamos fazer e usar o gás para garantir energia elétrica na casa de cada brasileiro”, disse o presidente, aproveitando para destacar que essa é mais uma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“Se for somado tudo o que os políticos investiram em saneamento básico nos últimos anos, não dá um terço do que investimos. Voces vão ter uma surpresa com o que vai acontecer com comunidades carentes, como a Rocinha. O que estamos fazendo agora é um processo de reparação da irresponsabilidade dos outros governantes, que permitiram que as pessoas morassem em áreas inadequadas. Os prefeitos têm que ter a coragem de não permitir que isso aconteça”, acrescentou Lula.

Capacidade
Em relação ao diâmetro e capacidade de transporte, o gasoduto Gasduc III, supera o Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), que tem 32 polegadas e capacidade de transportar 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Com isso, é possível fazer um atendimento pleno de gás natural para as Usinas Mario Lago (922 Megawatts), Barbosa Lima Sobrinho (392MW) e Norte Fluminense (869 MW). Essas três termelétricas juntas geram cerca de 3.221MW médios e podem atender a 14 milhões de habitantes.

Com a linha-tronco do Gasduc III, que atravessa oito municípios do Rio de Janeiro passando inclusive por áreas urbanas de alguns deles, a malha de transporte de gás natural do País alcança em 2010, 9.217 km de extensão. O gasoduto liga o Terminal de Cabiunas ao Hub2 de gás natural, no município de Duque de Caxias.

“Antes, a presença do gás natural era muito pequena na matriz energética brasileira. Transportar gás natural não é tão simples como petróleo. Foi um desafio para nós, principalmente porque o gasoduto passa por áreas extremamente sensíveis ambientalmente. Botamos em teste as nossa responsabilidade social e com o meio ambiente”, disse o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.

O presidente Lula atravessou um trecho do túnel contruído para passagem do gasoduto, cumprimentou trabalhadores e personalidades presentes. Sobre a possível independência do gás da Bolivia no futuro, disse que se orgulha do fato de a diretoria da Petrobras ter entendido essa necessidade.

“Mesmo quando não precisarmos, vamos continuar comprando da Bolivia, que e um país pobre e precisa de nós. Como uma nação maior, temos obrigação de ter solidariedade com nossos vizinhos”, disse o presidente.

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Andrea Bruxellas
Direto do Rio de Janeiro
Especial para o Terra

Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, participou nesta quarta-feira da inauguração do gasoduto Cabiunas- Reduc III (gasduc III), o maior gasoduto em diâmetro da América do Sul com capacidade para transportar 40 milhões de metros cubicos de gás por dia. O gasoduto, que pode transportar o gás natural produzido nas bacias de Campos e Espirito Santo, o gás importado da Bolivia e o gás proveniente do terminal de tegaseificação da Baia de Guanabara, representa um passo estratégico importante em direção a independência do Brasil em relação ao gás da Bolivia.

“Ainda precisamos do gás da Bolívia, mas estamos caminhando para independência. Num pico de energia como o que estamos atravessando agora com esse calor, temos capacidade de suprir as nossas necessidades, principalmente do Sudeste, que tem um dos maiores consumos de energia de todo ao País”, disse Dilma.

Durante o discurso de inauguração, o presidente Lula disse que a prioridade número um do momento é energia elétrica.

“Se tiver uma crise grande de energia, a primeira coisa que vamos fazer e usar o gás para garantir energia elétrica na casa de cada brasileiro”, disse o presidente, aproveitando para destacar que essa é mais uma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“Se for somado tudo o que os políticos investiram em saneamento básico nos últimos anos, não dá um terço do que investimos. Voces vão ter uma surpresa com o que vai acontecer com comunidades carentes, como a Rocinha. O que estamos fazendo agora é um processo de reparação da irresponsabilidade dos outros governantes, que permitiram que as pessoas morassem em áreas inadequadas. Os prefeitos têm que ter a coragem de não permitir que isso aconteça”, acrescentou Lula.

Capacidade
Em relação ao diâmetro e capacidade de transporte, o gasoduto Gasduc III, supera o Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), que tem 32 polegadas e capacidade de transportar 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Com isso, é possível fazer um atendimento pleno de gás natural para as Usinas Mario Lago (922 Megawatts), Barbosa Lima Sobrinho (392MW) e Norte Fluminense (869 MW). Essas três termelétricas juntas geram cerca de 3.221MW médios e podem atender a 14 milhões de habitantes.

Com a linha-tronco do Gasduc III, que atravessa oito municípios do Rio de Janeiro passando inclusive por áreas urbanas de alguns deles, a malha de transporte de gás natural do País alcança em 2010, 9.217 km de extensão. O gasoduto liga o Terminal de Cabiunas ao Hub2 de gás natural, no município de Duque de Caxias.

“Antes, a presença do gás natural era muito pequena na matriz energética brasileira. Transportar gás natural não é tão simples como petróleo. Foi um desafio para nós, principalmente porque o gasoduto passa por áreas extremamente sensíveis ambientalmente. Botamos em teste as nossa responsabilidade social e com o meio ambiente”, disse o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.

O presidente Lula atravessou um trecho do túnel contruído para passagem do gasoduto, cumprimentou trabalhadores e personalidades presentes. Sobre a possível independência do gás da Bolivia no futuro, disse que se orgulha do fato de a diretoria da Petrobras ter entendido essa necessidade.

“Mesmo quando não precisarmos, vamos continuar comprando da Bolivia, que e um país pobre e precisa de nós. Como uma nação maior, temos obrigação de ter solidariedade com nossos vizinhos”, disse o presidente.

Saúde
O presidente também falou sobre o recente problema de saúde. “Esse negócio de ser corintiano é um sofrimento danado. O coração às vezes sai pelo pé. Mas se tem uma coisa que me orgulha e da minha pressão que regularmente é de 11 por 7. E, se as pessoas pensam que eu vou ficar sentadinho em Brasília depois disso, vão se frustar. Só de obras da Petrobras, vamos inaugurar três no próximo mês”.

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