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Machismo e banalização: aposta misógina nas eleições da Paraíba choca e ganha destaque nacional

As eleições municipais de 2024 na Paraíba trouxeram uma história absurda que chamou atenção da mídia nacional: uma aposta envolvendo as próprias esposas, realizada entre dois homens em São José da Lagoa Tapada, no Alto Sertão da Paraíba. José Alves e “Bozano” colocaram suas esposas como “prêmio” de uma disputa política local, apostando no resultado eleitoral. O caso, que viralizou após ser revelado pelo portal Sertão Informado, provocou indignação e reacendeu o debate sobre o machismo e a banalização das relações familiares.

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Dois homens apostaram as esposas em eleição na Paraíba

A cidade de São José da Lagoa Tapada, no Alto Sertão da Paraíba, viveu dias de uma absurda (e ridícula) história durante as eleições municipais de 2024. Dois homens, identificados como José Alves e “Bozano”, fizeram uma aposta inusitada que envolvia suas próprias esposas, causando alvoroço na pequena cidade e atraindo a atenção dos moradores. O caso foi revelado após apuração do portal Sertão Informado.

José Alves, em entrevista ao portal, relatou que apostou na vitória de Neto de Coraci (REPUBLICANOS) para o cargo de prefeito, enquanto “Bozano” apoiava Chico Rufino (PSB). Com a divulgação do resultado, que deu a vitória a Neto de Coraci, com 3.081 votos (51,52% dos votos válidos), José Alves foi declarado vencedor da aposta.

O que chocou ainda mais a população foi o fato de que o prêmio da aposta era a esposa de “Bozano”. Contudo, José Alves recusou “receber” o prêmio ao descobrir que a mulher pretendia levar os três filhos junto, algo que ele considerou inaceitável.

“Eu fui buscar minha aposta, mas quando cheguei, ela disse que tinha três meninos pra trazer também. Devolvi pra ele. Com três meninos eu não quero, o leite está caro. Agora, cada um fica com a sua, e está tudo resolvido”, afirmou José Alves.

O episódio gerou debate entre os moradores da cidade e provocou discussões sobre a banalização de questões envolvendo relações familiares em situações como essa.

É terrível que, em pleno 2024, homens ainda se achem no direito de tratar as mulheres como objetos e, pior ainda, como objetos de troca numa aposta machista e retrógrada. Pelo jeito, em São José não é só a lagoa que é tapada.

 

Redação com Revista Fórum

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