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Magoado, Gervásio reage a conselho de Manoel Júnior

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O “conselho” do deputado federal Manoel Júnior (PMDB) para que o colega de partido, Gervásio Maia (PMDB) alcançasse a presidência da sigla em João Pessoa indo para as convenções, na disputa pelo voto dos filiados, provocou um mal estar ainda maior na legenda.

Nesta quarta-feira (19), durante entrevista ao programa Rádio Verdade, Maia avisou que não iria acatar o “conselho” do colega e adiantou ainda que só não deixa a sigla para não correr o risco de perder o mandato por infidelidade partidária.

“Fica difícil para mim me chamar para a disputar o voto, até porque já significa que o acordo que firmamos há dois anos está sendo descumprido, sem falar que Manoel não foi nem eleito, ele foi escolhido em comissão provisória com o acordo. Não existirá embate, nem disputa. Não vou participar disso, seria desproporcional. Quem montou o partido e fez as filiações foi Manoel Júnior, e eu como confiava nele, pensava que o projeto era um só e pensava que fazia parte dele, mas como vemos foi chancelado pela unanimidade da Executiva do partido”, disse.

A eleição do diretório está marcada para o próximo dia 30.

Para Maia, as perguntas que devem ser feitas agora não é se ele vai deixar o PMDB após a confusão na escolha do diretório municipal de João Pessoa e das substituições nos diretórios do interior, mas sim se ele está sendo expulso do partido.

“Me sinto um peixe fora d’água, uma hostilidade muito grande, não estou fazendo drama, mas gostaria de me sentir parte. Não pensei em sair do partido, mas me sinto como se tivesse sendo expulso das atividades do partido e da própria legenda”, afirmou lembrando que sempre foi fiel e que cumpriu as orientações, diferente de Manoel Júnior que virou as costas para o PMDB para apoiar Cássio em 2014.

A respeito das especulações sobre ir para o partido do governador (PSB) ou de algum partido ligado a Ricardo, Gervásio disse que até gostaria de fazer uma mudança, mas em respeito a legislação eleitoral e sua penalidades em caso de mudança partidária, não o fará.

“Se a lei eleitoral não fosse tão rígida, tenha certeza que não estaria passando por essa situação. O partido se vale da infidelidade para me tratar desta forma. Se fosse no passado eu com certeza não estaria passando por uma hostilidade dessa natureza. Eu nunca tive outro partido”, lamentou.

 

LEIA TAMBÉM: Júnior sugere solução para “acalmar” Gervásio: “Na convenção, coloque seu nome para a disputa”



PB Agora

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