Em entrevista à imprensa paraibana a coordenadora-geral do Conselho Nacional das Mulheres, Sandra Marrocos. A 7ª edição da Marcha das Margaridas, com o lema “Pela reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”, tem previsão de reunir mais de 100 mil mulheres em Brasília, entre os dias 15 e 16 deste mês, com abertura as 17h, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, na capital federal.
Segundo Marrocos, cerca de 200 mulheres do campo e de cidades paraibanas também estarão no evento. A Marcha das Margaridas acontece a cada quatro anos. A informação da organização do evento é que a maior ação política de mulheres da América Latina também reunirá mulheres de outros países. A pauta do evento foi entregue ao Governo Federal, durante reunião com a participação de 13 ministras e ministros de Estado, no Palácio do Planalto, no dia 21 de junho.
“A mobilização deste ano acontece em um momento muito importante da história, que é de reconstrução e esperança para o povo brasileiro. Mesmo sendo mais de 50% da população brasileira, as mulheres ainda são uma pequena minoria nos espaços de direção dos sindicatos, partidos políticos, governos e demais esferas de poder. Isso porque as regras para a disputa do poder são, logicamente, feitas por quem detém o poder, sem nenhuma intenção de democratizá-lo. O resultado das eleições de 2022 mostrou bem esse problema. Um Congresso Nacional cada dia mais conservador”, afirmou Marrocos.
A coordenadora paraibana também declarou que as Margaridas marcham dialogando sobre o sentido e a direção da luta, tecida coletivamente. “A capital do país, tem a missão de receber e acolher essas trabalhadoras, que garantem a segurança alimentar, o crescimento econômico e o desenvolvimento social do nosso país”, disse.
Da Redação