O pré-candidato a prefeito de Pedras de Fogo, Manoel Júnior (Solidariedade), se reuniu, nessa quinta-feira (13), com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e com o secretário estadual de Defesa Social, Antônio de Pádua Vieira, para solicitar uma rigorosa apuração do assassinato do empresário Abson Matos, que foi executado na última quarta-feira (05), com vários tiros na cabeça.
Inicialmente, a polícia informou que o crime teria acontecido dentro do seu empreendimento comercial, localizado no bairro Pedra Bela, em Itambé. No entanto, durante o encontro com Manoel Junior, Paulo Câmara revelou que monitoramento realizado através de GPS pela secretaria de Defesa Social de Pernambuco aponta que a execução aconteceu em Pedras de Fogo.
Paulo Câmara informou ainda que o Governo de Pernambuco já repassou todas as informações referentes ao caso, inclusive imagens de câmeras de segurança, para a secretária de Segurança Pública da Paraíba desde a última terça-feira (11). Diante da informação, Manoel Junior irá solicitar ao governador João Azevêdo uma rigorosa investigação das autoridades policiais paraibanas, devido a suspeita de motivação política do crime, uma vez que Abson Matos fazia inúmeras denúncias contra o prefeito de Pedras de Fogo, Dedé Romão, e seu grupo político.
Abson ficou conhecido no município por participar de diversos programas de rádio e de TV denunciando supostas irregularidades na prefeitura de Pedras de Fogo. Ele também era bastante conhecido por ter criado o slogan “Bomba, Bomba” e divulgar áudios em grupos Whatsapp com acusações contra Dedé Romão e seu grupo, entre eles o presidente da Câmara de Vereadores, Ninho da Mangueira.
Em um dos últimos áudios, que circulou nos grupos de Whastapp, o empresário revelou que estava sendo ameaçado de morte e afirmava que não iria se intimidar.
“Não iremos nos calar, não adianta está me ameaçando de morte e mandando recado por babões, dizendo que vai calar minha boca, nem que seja no chumbo. Iremos entrar com processo de ameaça, porque é inadmissível o gestor de um município entrar em desespero e ameaçar as pessoas, que estão fiscalizando a má administração que está acontecendo no município de Pedras Fogo”, declarou.
No áudio, Abson dizia que se fosse executado, seus áudios e história ficariam circulando na cidade.
“Pode até me calar na bala, como falaram, que vão estourar minha cara na bala. Mas, meus áudios e minha história vão ficar circulando na cidade”, disse.
Ouça uma das denúncias feitas por Abson, em que ele afirma que estava sendo ameaçado pelo grupo de Dedé:
PB Agora