Cotado como favorito para o Senado Federal nas eleições deste ano, de acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas no Estado da Paraíba, o ex-governador José Targino Maranhão, do PMDB, teve o PMDB Nacional como financiador de peso na sua campanha. O partido doou a bagatela de R$ 1 milhão, representando quase 50% do arrecado por José Maranhão até agora, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral.
Os recursos, todavia, foram provenientes de uma doação feita ao partido pela Coesa Engenharia LTDA, CNPJ nº 13.578.349/0001-57, integrante do Grupo OAS, com sede na Bahia e filiais em vários estados do Brasil.
A empresa é uma das citadas no escândalo conhecido como Operação Lava Jato e CPMI da Petrobras e também estaria envolvida em várias ações na justiça como a participação de direcionamento ilícito na contratação de obras públicas em Parnamirim, Rio Grande do Norte, além de ser ré em vários processos na cidade de Palmas, Tocantins.
Veja abaixo – Doação do PMDB Nacional, doador originário Empresa Coesa e valor R$ 1.000.000,00
ENVOLVIMENTO EM ESCÃNDALO
Em 2012 o ex-governador José Maranhão foi acusado pelo empresário Alcides Fernandes de ter recebido doações ilegais na campanha de 2010, quando disputou a reeleição ao Governo do Estado. O depoimento do empresário foi prestado ao Ministério Público do Rio Grande do Norte e tem provocado intensa repercussão na Paraíba.
Confira a reportagem postada no portal NoMinuto.com à época:
“O ex-governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB), recebeu das mãos de George Olímpio propina de R$ 500 mil, entregues na casa do político, como forma de garantir que o grupo investigado por fraudes no Detran/RN poderia implantar os mesmos procedimentos no Estado vizinho, acusa o empresário Alcides Fernandes.
No depoimento de delação premiada que prestou em 02 de abril ao Ministério Público Estadual e ao qual o Nominuto teve acesso na íntegra, ele relatou que ouviu de George Olímpio e seu ex-cunhado, Eduardo Patrício, que o montante foi levado na mala do carro de George até o então governador da Paraíba José Maranhão, em 2010.
“Eu ouvi isso de ambos. O dinheiro foi levado na mala do carro. Não era para campanha, estava sendo dado ao José Maranhão. Foram R$ 500 mil para garantir a inspeção veicular. Eles achavam que a eleição estava ganha, que o José Maranhão não perdia de jeito nenhum. Quem entrou o dinheiro foi o Mou [Edson César Cavalcanti”, disse Alcides Barbosa.
Ironicamente, Maranhão perdeu. Em 27 de novembro passado, o Nominuto noticiou que o grupo doou quase R$ 500 mil, de maneira legal, com registros no Tribunal Superior Eleitoral, R$ 495 mil. Alcides diz não saber dessa doação. “Dessa eu não sei. Sei é dos R$ 500 mil”, comentou.
As doações foram feitas, conforme o TSE, por empresas ligadas a Gilmar da Montana à campanha de José Maranhão. Alcides comentou sobre o dono da construtora Montana: “A impressão que eu tive é que ele entrou para construir. Se pagou ou bancou propina para alguém eu não sei”, disse.”
CONFIRA AS DOAÇÕES DE CAMPANHA FEITAS A JOSÉ MARANHÃO NESTAS ELEIÇÕES
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PB Agora