A eleição de Lula em 2002 foi saudada como aquela que marcou a história do país pela ascensão de um representante do povão, assim entendido como a maioria pobre da população brasileira, que após décadas e décadas, assistiu um legítimo filho seu assumir o mais alto cargo da nação.
Sem ter curso superior, o ex-torneiro mecânico e líder sindical formado na luta contra o regime militar de 1964, provou, possuir excepcionais qualidades de liderança de massa e estabeleceu linha direta de comunicação com os cidadãos e cidadãs mais pobres atendidos pelos programas sociais de governo que expandiu face as condições econômicas muito favoráveis ao Brasil durante o seu primeiro mandato (2002-2006) e menores durante o segundo (2006-2010).
Experto como verdadeira raposa da velha política mineira, manteve os fundamentos da economia legados por Fernando Henrique Cardoso e, o país, com estabilidade e inflação baixa, pode crescer e gerar milhões de empregos, deixando satisfeitos trabalhadores e empresários. E tanto é, que nunca antes na história deste país, os banqueiros lucraram tanto!
Ao fim do seu segundo mandato, embora com o governo carimbado com a pecha do “escândalo do mensalão”, ainda não julgado pelo STF, conseguiu eleger a sucessora Dilma Rousseff, quadro técnico sem carisma político como lhe convinha para o planejado retorno nas eleições de 2014. Mas, aí descobriu que tinha câncer de laringe, submeteu-se a tratamento e a férrea vontade de Dilma de concorrer à reeleição.
Neste ano, aconteceu o que Lula e o PT mais temiam: o mensalão foi julgado e o STF condenou os integrantes da cúpula dirigente petista, colando no Partido dos Trabalhadores a marca indelével da corrupção. E assim passará à história, pois o julgamento já parece feito, o que não é bom para a biografia de Lula.
Os reflexos e frutos podres estão agora sendo colhidos na eleição presidencial com a ascensão de Marina Silva, outra representante da maioria pobre do país, que lutou contra doenças e o analfabetismo e foi beneficiada também pelo destino com a tragédia que culminou com a morte de Eduardo Campos.
Marina, como Lula, é uma predestinada e o povo carregará sua figura frágil nos braços da casa humilde de palafita em que nasceu no seringal Bagaço até a rampa do Palácio do Planalto, em Brasília.
Marina, a estrela do Acre, brilha como retrata o hino acreano: “Fulge um astro na nossa bandeira…”. Creio que a eleição está decidida.
Marina que conheci no início da carreira no Acre, Estado de população pequena, mas rico em recursos naturais e com tradição de lutas e vitórias, será nossa presidente. Que seja para o bem do povo brasileiro… !
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