Categorias: Política

Marina admite que PV pode rachar no 2º turno

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A senadora Marina Silva disse que a decisão do PV sobre qual candidato apoiar no segundo turno não será unânime. "Em um partido como o PV não tem como imaginar, até pela diversidade que temos, ter um processo unânime, único", disse Marina em entrevista a rádio Jovem Pan. Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), que disputam o segundo turno, já anunciaram que vão buscar o apoio do PV.

Marina teve 19.636.359 votos no primeiro turno, o equivalente a 19,33% dos votos válidos, e ficou em terceiro lugar na disputa. Ela já foi procurada por PT e PSDB e estimou que uma decisão deve ser tomada em até 15 dias.

"Quando eu me filiei ao partido, já foi aprovado na executiva que se tivesse segundo turno e não fossemos para o segundo turno, que a decisão seria tomada em convenção, assegurando à minoria o direito de manifestação. Isso é a democaracia", disse Marina.

"É fundamental que se ouça a sociedade, que majoritariamente participou desse processo", disse a candidata. "Tem aí uma gama de segmentos da sociedade que se aliançaram conosco e obviamente nós temos que honrar essa preferência de aliança que foi feita pela sociedade. Então não se pode dizer que terá uma posição única, mas que será um processo democrático, aberto e transparente, baseado na plataforma que apresentamos", completou.

Aborto

Sobre a questão do aborto, Marina Silva criticou os adversários que têm uma posição dúbia a respeito. Sem citar nomes, afirmou que "obviamente os fieis sabem o que é um discurso de convicção e de conveniência e vão fazendo o seu julgamento". No primeiro turno, Dilma Rousseff se reuniu com lideranças evangélicas e católicas para afastar boatos de que seria favorável ao aborto. No encontro, ela se comprometeu com católicos e evangélicos a não enviar ao Congresso nenhum projeto de lei para mudar a legislação em vigor sobre o aborto.

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) disse que os boatos de que a candidata do PTseria a favor do aborto contribuíram para tirar votos da petista. No segundo turno, Dilma e seus aliados pretendem tirar a questão religiosa do foco da campanha.
 

 

G1

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