Categorias: Política

Marina critica Governo Federal por “inchaço” da máquina pública

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A presidenciável Marina Silva (PV) criticou o “inchaço” na máquina pública e defendeu o corte de gastos governamentais como forma de combater a inflação no lugar do aumento de juros. “Existe uma máquina gigante que precisa ser o tempo todo alimentada. Por que não olhar para ela e combinar eficiência e redução de gasto? É preciso fazer isso, de modo que não se subtraia recursos de onde não pode, como saúde e educação”, afirmou a pré-candidata. “A máquina é inchada sim; por que a gente não pensa na profissionalização do Estado brasileiro? O Estado precisa ser aperfeiçoado”, disse.

A senadora foi questionada sobre a exportação de petróleo do pré-sal. “Não se pode negar”, disse a senadora, que o combustível “é uma “fonte de riqueza importante”. “Infelizmente a humanidade não pode abrir mão porque ainda não há um substituto, mas deve trabalhar para renunciar o mais rápido possível a essa fonte de energia”, afirmou. “A riqueza que será gerada [com a exportação do pré-sal] tem de ser usada em programa sociais, mas principalmente na pesquisa para que esse combustível seja substituido”.

Marina mostrou-se favorável ao adiamento da aprovação das novas regras para a distribuição dos royalties do pré-sal. “A discussão dos roylaties deveria ficar para depois das eleições, porque hoje isso leva o Brasil a discutir uma política de ocasião”, disse. “Como é algo interamente novo, o regramento é novo; ele tem que atender aos Estados que são tradicionalmente beneficiados, mas os benefícios tem que ser estendidos para o resto do país”, afirmou a presidenciável, em alusão à necessidade de conceder royalties para mais Estados além daqueles que extraem o combustível.

 

O empresário Eike Batista, figura proeminente no setor de petróleo e considerado o homem mais rico do Brasil, perguntou a pré-candidata verde se ela seria a favor de uma matriz energética baseada na exportação do combustível fóssil e no consumo interno de etanol. “Será que é possível criar uma bolha verde para o Brasil e proteger o país de uma bolha de CO² lá de fora?”, retrucou. “Eu não sou cientista, mas é a primeira vez que eu vejo um conceito tão esdrúxulo de verde. As emissões afetam o mundo inteiro, aonde quer que elas aconteçam, e mesmo que nós pudessemos nos proteger, eu estaria muito preocupada com as outras pessoas do planeta”, criticou.

PV e PT

Marina filiou-se ao PV em 2009, depois de sair do PT, partido do qual foi uma das fundadoras. Ela garantiu que, apesar de recém chegada, sente-se bem na nova agremiação. “Me sinto confortável como me sentia no PT naquilo que era o meu raio de atuação. Dentro do PT eu pertencia ao grupo político que lidava com a questão sociambiental. Nós nos comportamos como uma sociedade de pensamento”, afirmou. “Eu sempre conversei com PSDB, DEM, todos os partidos para aprovar projetos da agenda ambiental. Esse recorte está muito ligado à velha política”, disse.

 

Provocada sobre o respaldo do presidente Lula a seus projetos no ministério do Meio Ambiente enquanto esteve à frente da pasta, a acriana considerou que “para algumas coisas [o apoio] foi suciente, e para outras não”. “Tanto é que eu saí”, disse. “Conseguimos diminuir o desmatamento da amazônia. Isso parecia uma coisa impossível. E nós de cara percebemos que não tinha como tratar aquilo de forma isolada; no ano passado saímos de 27mil km par 7mil km² por causa do nosso programa. Ninguém conseguiria isso sem o apoio do presidente Lula”, ponderou.

 

Uol

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