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Marina diz ter sido procurada por Dilma e Serra após primeiro turno

Ela afirmou que não sinalizou apoio durante as conversas.

Candidata do PV teve 19,6 milhões de votos, quase 20% do total.

Marina Silva durante entrevista coletivaMarina Silva durante entrevista coletiva (Foto:
 

Um dia após a confirmação de que haverá segundo turno na eleição para presidente, a senadora Marina Silva (PV) disse ter sido procurada pelos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) para discutir seu apoio na disputa.

A candidata do PV teve 19.636.359 votos, o equivalente a 19,33% dos votos válidos, com 99,99% dos votos apurados. “Ambos me telefonaram para parabenizar pela contribuição que demos ao país, pelas propostas que apresentamos e ambos, muito rapidamente, manifestaram desejo de ter uma oportunidade de conversar, caso eu ache isso oportuno, e no momento adequado” relatou.

Marina afirmou ainda, durante entrevista coletiva em São Paulo, que a decisão do seu apoio e do partido será tomada em uma convenção que, segundo estimou, deverá ocorrer em até 15 dias.
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Ela disse não ter sinalizado apoio a nenhum dos dois durante as conversas. “Respondi que iria viver um processo que seria iniciado a partir de agora e depois que eu iria me pronunciar”, relatou Marina referindo-se à convenção.

Ao ser questionada sobre o apoio a Serra de Fernando Gabeira (PV), candidato derrotado ao governo do Rio, ela respondeu: “Ele disse que é a manifestação pessoal dele. Eu vou preferir fazer a minha manifestação na instância partidária após ouvir os segmentos da sociedade com os quais fiz aliança”.

Entre os setores que pretende ouvir estão o "Movimento Marina Silva", representantes de juventude, do empresariado e de movimentos sociais. Marina ressaltou que irá firmar um posicionamento na convenção. "Não tenho aqui ainda uma posição a priori", disse. A discussão dentro do partido passará ainda pela definição de "prioridades estratégicas" da plataforma do PV.

O posicionamento da legenda, frisou a senadora, não se dará em função de interesses puramente partidários.

"Há uma expectativa muito grande em relação à atitude política que vamos ter nesse momento. E ela tem que ser completamente diferente da velha política que se mobiliza pensando em alguma vantagem em termos de futuro."

Com a voz rouca, Marina concedeu uma coletiva rápida. Membros do PV que estavam no local evitaram indicar um possível posicionamento do partido. Eles foram questionados sobre o tempo previsto para a realização da convenção – 15 dias – tomar boa parte do tempo da campanha do segundo turno. A votação será no dia 31 de outubro. "Quem tem pressa agora são eles", respondeu o presidente do PV em São Paulo, Maurício Brusadin.

 

G1

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