A exemplo de José Serra (PSDB), a presidenciável Marina Silva (PV) vai explorar a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na propaganda eleitoral na TV.
Os verdes usarão cenas de arquivo em que os dois aparecem lado a lado, no período em que a candidata ocupou o ministério do Meio Ambiente, entre 2003 e 2008.
A campanha também estuda levar ao ar uma comparação das biografias da senadora e do presidente, para vender a ideia de que ela teria mais semelhanças com Lula do que Dilma Rousseff (PT).
Segundo um assessor próximo, essa opção já foi testada, mas ainda não há acordo para exibi-la ou não no horário eleitoral gratuito.
A repercussão negativa do programa de Serra levou parte da campanha a defender um uso mais moderado da imagem presidencial. Há temor de que Marina seja acusada de pegar carona indevida no prestígio de Lula.
No Rio, a candidata citou a ligação histórica com o presidente, mas prometeu não abusar de sua imagem na TV. "Minha história durante 30 anos foi ligada ao presidente Lula. Por cinco anos, fui sua ministra. A história revela esse ponto de contato", disse.
"No que, sem ferir o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), for necessário colocar, não vejo porque aviltar a história. Mas terei todo o cuidado de não ser oportunista e não vou fazer uso indevido da imagem de quem quer que seja".
Marina não quis comentar o programa de Serra. Na quinta-feira, o PV já ressaltou a participação dela no "governo Lula", mas não exibiu imagens dele.
A candidata foi ao Congresso Brasileiro de Jornais e assinou a Declaração de Chapultepec, em defesa da liberdade de expressão. Serra e Dilma assinaram na véspera.
Folha