O MDB anunciou no final da manhã desta segunda-feira (03), no Twitter, que terá uma postura neutra no próximo governo, pelo menos no início. "No curto prazo não faremos oposição nem seremos base, discutiremos caso a caso [conforme a discussão com o Executivo]", afirmou o partido em sua conta oficial na rede.
Representantes da sigla serão os primeiros a encontrar Jair Bolsonaro (PSL) em uma série de reuniões que o presidente eleito terá com bancadas partidárias nesta semana no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília, onde trabalha a equipe de transição. Bolsonaro receberá o MDB nesta terça-feira (4), às 15h.
A legenda é uma das três (ao lado do PSL e do DEM) que emplacou, até o momento, parlamentares na próxima Esplanada. O deputado Osmar Terra (MDB-RS) foi anunciado, na semana passada, o futuro ministro da Cidadania, pasta que unirá Desenvolvimento Social, Cultura e Esporte, entre outras atribuições menores. A indicação desagradou a bancada evangélica, que deu três sugestões para o cargo rejeitadas por Bolsonaro. Apesar disso, a frente afirmou que não vai "barganhar cargos" e manteve apoio ao futuro governo.
"É natural parlamentares do MDB conversarem com o governo eleito, como acontecerá amanhã (terça). Nós, enquanto partido, já deixamos nossa contribuição em forma de propostas para que os avanços que conquistamos na economia se mantenham", escreveu a legenda no Twitter.
O MDB perderá representação no Congresso a partir do ano que vem. O partido do Presidente Michel Temer, que fez 65 deputados em 2014 e hoje tem 50 nomes na Câmara, elegeu apenas 34 em outubro. No Senado, a bancada atual de 18 parlamentares será reduzida para 11.
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