As eleições da OAB-PB estão próximas e as articulações, manobras e o trabalho de bastidores já começaram.
A atual administração da OAB-PB, ainda, nos embalos de festinhas para poucos, deu sua última cartada com inaugurações de “reparos” na sede da seccional e sub-sessões.
Em Cajazeiras-PB, por exemplo, a obra foi custeada pelo Conselho Federal e com a mobília a cargo da Caixa de Assistência dos Advogados, e por incrível que pareça, teve inauguração realizada festivamente pela Seccional.
O gasto com material midiático pago em jornais e portais, tenta apagar da mente dos advogados paraibanos a letargia instalada na Ordem durante os primeiros dois anos e seis meses de gestão.
Nos últimos três meses as coisas acontecem como se fosse final de novela ou seriado, tudo pode, inclusive, acordos indecentes feitos em cochia envolvendo antigos adversários e maquiagem dos prédios para jogo de marketing.
A coisa está ficando séria e preocupante! O medo das urnas fez a OAB-PB tomar rumos nunca vistos.
Em publicação no Diário Oficial me deparei com edital convocatório dos advogados paraibanos para as eleições da diretoria e conselho que administrará a Ordem no triênio 2013/2015.
Para minha surpresa constatei o real receio da atual administração de disputar o voto nas urnas, primeiro em vista da palavra empenhada de extinção da famigerada reeleição, depois pelo verdadeiro e conhecido desgaste administrativo.
Pois é, no edital a eleição ficou marcada para o dia 19 de novembro, que é uma segunda-feira, após final de semana do feriadão da “Proclamação da República”, inclusive, com drástica redução do horário de votação, já que o processo de votação pelo edital, inicia-se às nove, com término as dezessete horas.
Por que será?
É o temor das urnas, já que a maioria não aprovou a conturbada gestão atual. Indiscutivelmente a advocacia militante e os jovens advogados darão a resposta pela falta de cumprimento de palavra e inércia na defesa de bandeiras que a categoria almejava.
Na realidade foi o fim do sonho depositado na oposição de outrora, que defendia “um novo tempo” com custas baixas, fim da reeleição, respeito e assistência ao advogados dentre inúmeros projetos alvissareiros para classe.
Vejo com tristeza todo esse cenário, mas ao invés de baixar a cabeça, levanto-a e conclamo os demais colegas, na certeza do alvorecer de um novo sonho, afastando da nossa OAB-PB a intromissão da política-partidária e subserviência, arrebatando-a para as mãos dos advogados paraibanos, de onde nunca deveria ter saído.
Muda OAB-PB!