O deputado Michel Temer (PMDB-SP), candidato à presidência da Câmara, disse neste domingo não esperar traições entre os deputados dos 14 partidos que declararam apoio ao seu nome. Apesar de tradicionalmente haver traições na disputa pelo comando da Casa, Temer disse que a palavra “fidelidade” é que deve ser utilizada neste momento eleitoral.
“[A eleição será] Sem traições. Traição é uma palavra que não se deve usar aqui. A que se deve usar é fidelidade”, afirmou.
O deputado espera sair vitorioso mesmo se o petista Tião Viana (AC) perder a disputa com o PMDB pelo comando do Senado. “Não chamo de traidoras as pessoas do nível extraordinário como os deputados. Somos 513 representantes do povo que vieram para cá e que tem uma conduta ilibada e correta. Não vamos falar em traição, vamos falar em fidelidade.”
A vitória do senador José Sarney (PMDB-AP) sobre Tião no Senado pode trazer impactos na candidatura de Temer porque muitos deputados são contrários à possibilidade do PMDB ficar no comando simultâneo da Câmara e do Senado. Temer sinalizou, porém, que as costuras políticas incluem o apoio praticamente integral da bancada do PT ao seu nome, mesmo se Tião sair derrotado.
As eleições nas duas Casas acontecem quase que simultaneamente, só que no Senado o resultado deve sair primeiro porque são só 81 senadores e na Câmara 513 deputados.
Temer disse estar “animadíssimo” para a vitória porque diz contar o apoio de “praticamente” 15 partidos na Casa. O deputado disse que todas as legendas do chamado “blocão” estão refazendo contas e reafirmando o apoio em seu nome. “Eu tenho muita tranquilidade, digamos, eleitoral. Vamos esperar o dia de amanhã, que é o dia de eleição, que será absolutamente tranquilo”, afirmou.
Números
Apesar do otimismo, o deputado não quis quantificar o número de votos que espera receber amanhã, durante as eleições que vão definir os novos presidentes da Câmara e do Senado. “Prefiro esperar amanhã”, afirmou.
Reportagem da Folha publicada neste domingo mostra que, se depender da palavra de seus colegas, o que historicamente não é muito confiável, Temer será eleito já no primeiro turno como novo presidente da Câmara.
Mais da metade dos deputados (269) declarou à Folha apoio ao peemedebista, em enquete realizada entre os dias 19 e 30 de janeiro, que ouviu 410 congressistas (80% dos 513).
Mesmo com apoio oficial de 15 partidos, a margem de segurança de Temer, segundo a enquete, é de 12 votos –ele precisaria de ao menos 257 votos para não levar a disputa ao segundo turno, na hipótese de os 513 deputados estarem presentes.
Folha
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