Categorias: Política

Michel Temer diz que nada o “destruirá”

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O presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira (26) que nada o “destruirá” ao citar as medidas econômicas propostas pelo governo, como o Teto de Gastos, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos. “Não há plano B, há que se seguir adiante. Portanto, nada nos destruirá. Nem a mim nem a nossos ministros”, afirmou.

A fala de Temer acontece na véspera à apresentação de denúncia contra ele por parte do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo a expectativa do próprio Planalto, a denúncia deve ser feita até esta terça-feira (27), primeiramente por corrupção passiva. O presidente também pode vir a ser denunciado por obstrução à Justiça e organização criminosa. Temer já é alvo de inquérito pelos supostos três crimes no STF (Supremo Tribunal Federal).

Com baixíssima popularidade, o presidente Michel Temer se ampara na retomada da indústria e da geração de empregos para se sustentar no cargo. No sábado, pesquisa Datafolha mostrou que Temer está com o pior índice de aprovação entre presidentes nos últimos 28 anos. A aprovação atual do governo Temer é de 7%, menor índice desde 1989. Na época, com a crise da hiperinflação, o então presidente José Sarney contava com 5% de aprovação dos entrevistados.

A declaração de Temer hoje foi dada durante cerimônia no Palácio do Planalto para sancionar a lei que regulamenta a prática de diferenciação de preços de acordo com a forma ou o prazo de pagamento escolhidos. Apesar de praticada no dia a dia, antes da MP (Medida Provisória) publicada em 27 de dezembro do ano passado, a legislação não autorizava comerciantes a dar descontos aos consumidores que pagassem à vista ou cobrar mais caro de quem pagasse no cartão de crédito, por exemplo.

Para o presidente, a política de diferenciação de preços e a abertura de vagas de emprego era, “há pouco mais de um ano”, ou seja, antes de ele assumir a Presidência efetivamente, “uma miragem, um sonho”. Segundo ele, o país estava em uma crise “seríssima” e com a economia “um pouco fora dos trilhos”.

“Agora temos direção. Não me canso de falar que o Brasil está nos trilhos, no caminho da responsabilidade e na rota da superação”, afirmou.

 

Uol Notícias

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