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Ministro Celso de Mello reage à declaração de Bolsonaro contra o Nordeste: ‘inaceitável’

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello criticou, nesta sexta-feira 7, a declaração em que Jair Bolsonaro (PL) mencionou o analfabetismo no Nordeste a fim de justificar a derrota para Lula (PT) no primeiro turno da eleição presidencial.

Segundo o magistrado aposentado, as afirmações são “reprováveis, preconceituosas e inaceitáveis”. Ele definiu o comportamento de Bolsonaro sobre os nordestinos como “indigno e vergonhoso”.

“A respeito dos brasileiros nascidos no Nordeste, torna-se necessário fazer, para repelir suas insultuosas alegações, breve relação de alguns nomes dos incontáveis nordestinos ilustres que, para honra do Brasil, brilharam na história de nosso País nos diversos setores da atividade humana”, escreveu Celso de Mello em mensagem distribuída em um aplicativo.

Ele listou dezenas de personalidades, como Josué de Castro, Aloísio Azevedo, Anísio Teixeira, Frei Caneca, José de Alencar, Manuel Bandeira, Nise da Silveira, Paulo Freire, Ariano Suassuna e Rachel de Queiroz.

Durante transmissão ao vivo nas redes sociais na última quarta-feira 5, Bolsonaro citou que Lula “venceu em 9 dos 10 estados com maior taxa de analfabetismo”.

“Você sabe quais são esses estados? No nosso Nordeste. Não é só taxa de analfabetismo alta ou mais grave nesses estados. Outros dados econômicos agora também são inferiores na região”, disse o presidente na live.

Ele ainda afirmou que “esses estados do Nordeste estão há 20 anos sendo administrados pelo PT” e alegou que “onde a esquerda entra, leva o analfabetismo, leva a falta de cultura, leva o desemprego, leva a falta de esperança”.

Na região, Lula chegou a 67% dos votos válidos no último domingo 2, ante 26,8% de Bolsonaro. O petista também superou o presidente no Norte. Bolsonaro, por sua vez, levou a melhor no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste.

No geral, Lula obteve 48,4% dos votos válidos, contra 43,2% de Bolsonaro. Simone Tebet (MDB) recebeu 4,1% e terminou à frente de Ciro Gomes (PDT), que chegou a 3%. O segundo turno está marcado para 30 de outubro.

 

Carta Capital

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