Nesta sexta-feira (16), o ministro da Justiça, Flávio Dino, demitiu Caio da Federal, ex-candidato a deputado federal pelo PL da Paraíba, do cargo que ocupava na Polícia Federal. A portaria com a decisão foi publicada no Diário Oficial da União. O ministro argumentou que Caio da Federal utilizou seu cargo “com o fim, ostensivo ou velado, de obter proveito de natureza político-partidária, para si”.
Caio da Federal obteve 6.850 votos nas eleições do ano passado e, de acordo com o Ministério da Justiça, ele também é acusado de deixar de cumprir ou fazer cumprir as leis e os regulamentos, negligenciar ou descumprir a execução de ordens legítimas de autoridades competentes, além de violar o dever de lealdade às instituições a que servia.
O advogado Aécio Farias, responsável pela defesa de Caio da Federal, afirmou que a decisão do ministro é uma “manifesta, escancarada e absurda perseguição política”, justificada unicamente pelo fato de o policial apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele também mencionou que a portaria de demissão foi assinada por um ex-governador e atual senador do PT, o que considerou ainda mais surpreendente.
A demissão de Caio da Federal levanta questionamentos sobre a politização dos cargos públicos e o uso deles para fins partidários. Flávio Dino, como ministro da Justiça, tem o papel de garantir a imparcialidade e o bom funcionamento das instituições, mas a defesa de Caio argumenta que sua demissão representa uma perseguição baseada em suas preferências políticas.