O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação sobre a presença do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do assessor Tercio Arnaud, natural da Paraíba na comitiva da viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia. A reportagem do Correio Braziliense assinada pela repórter Luana Patriolino revelou a agenda secreta do filho 02 do chefe do Executivo.
Segundo a apuração do Blog do Vicente, uma das fontes da reportagem do Correio há suspeitas de conversas intensas entre o vereador pelo Rio de Janeiro com hackers especializados em disseminação de notícias falsas. A viagem do presidente Bolsonaro ao país ocorreu entre os dias 14 e 16 de fevereiro. Carlos teria embarcado dias antes.
A decisão de Moraes atende a uma solicitação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O pedido do parlamentar foi apresentado no âmbito do inquérito que investiga a atuação de uma milícia digital, voltada para ataques ao sistema democrático e às instituições brasileiras.
“Os planos do presidente Jair Bolsonaro parecem cada vez mais claros, não sendo demais inquirir os reais interesses dessa agenda. Assim, fica o questionamento óbvio: qual a verdadeira razão para uma viagem à Rússia em momento internacional tão delicado, com uma comitiva sui generis, com ausência de ministros e a presença de numerosos integrantes de seu gabinete do ódio, e no início do ano eleitoral?”, escreveu Randolfe.
Carlos Bolsonaro está encarregado da campanha à reeleição do pai nas redes sociais. Ele conta com a ajuda do assessor especial da Presidência Tercio Arnaud, integrante do chamado gabinete do ódio. Agora, caberá à PGR avaliar se há elementos para abrir uma investigação sobre os fatos.
Da Redação com Correio Brasiliense