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Ministro do TCU critica atitudes negacionistas lideradas por Bolsonaro: “Indignação”

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O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho, criticou o negacionismo com a pandemia, liderado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e disse temer ações que contrariam os protocolos sanitários. Vitalzinho destacou ainda que a atitude do presidente em remover a máscara do rosto de uma criança durante visita ao Rio Grande do Norte, na última quinta-feira (24), lhe causou indignação.

Em entrevista concedida ao jornalista José Nêumanne Pinto, o ministro Vital do Rêgo Filho, que é médico, reprovou a atitude do presidente em passagem pelo município de Jucurutu, no RN. Bolsonaro, ao colocar uma criança em seu braços para tirar fotos, removeu a proteção da criança contra a covid-19. O fato se repetiu na sua passagem pela cidade de Pau dos Ferros, também no RN. Durante uma cerimônia para liberação de recursos para as obras da Barragem de Oiticica, o presidente pediu para a poetisa Larissa Dantas, de 10 anos de idade, tirar a máscara para declamar o cordel que fez para ele.

Vital afirmou que as ações e o discurso adotado pelo chefe da nação presidente causa indignação. “Sinto temor e indignação. O presidente não poderia dar um exemplo desse, até porque nós não temos a chamada ‘imunidade de rebanho’, que é algo que nenhum país do mundo conseguiu atingir. Usar a máscara é como calçar os sapatos e vestir a roupa. O presidente é uma pessoa que tem posições e seguidores e esse é um exemplo que ele não pode dar”, afirmou Vitalzinho.

O ministro destacou que, como médico, se sente indignado por saber que a situação na qual Bolsonaro expôs a criança possui um alto risco de contaminação e, desta forma, de infeções. “As gotículas e secreções que podem sair do corpo humano contaminado vão infectar, desde um bebê recém-nascido até um homem de 90 anos”, alertou Vital.

O ministro demonstrou preocupação com a narrativa construída por Bolsonaro com o intuito de politizar a doença e o uso da máscara. Segundo ele, isso pode gerar uma espécie ‘propaganda’ fazendo com que a população deixe de se proteger. “Vai se tornando uma publicidade, uma propaganda pelo não uso da máscara e daqui a pouco teremos 15% ou 20% da população brigando por isso. Com essa politização, com esse extremismo, esse país caminha pra uma relação de muito desamor”, concluiu o Vital.

Confira momento em que o presidente da República retira a máscara do rosto de uma criança no RN:

PB Agora

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