Categorias: Política

Ministro se diz ‘indignado’ com fato de marido receber pensão da mulher morta

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O ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho, afirmou nesta terça-feira estar "indignado" com a situação do professor Claudemir Nogueira, que confessou ter assassinado a mulher e, com isso, passou a receber pensão por morte do INSS. O caso foi revelado hoje pela Folha.

 

O instituto é atrelado à pasta de Garibaldi Filho. Em sua conta no Twitter, ele afirmou: "Fiquei indignado com teor de notícia publicada pela Folha sobre professor que matou a mulher e está recebendo pensão".

Ainda no microblog, ele afirmou ter determinado à Procuradoria Jurídica do INSS "que examine a revisão ou suspensão do pagamento desse benefício".

O professor confessou em 2010 que enforcou a mulher Mônica El Khouri com um fio, dentro de casa, em bairro de classe média na zona sul de São Paulo, um ano antes. Mesmo com a confissão, Nogueira, 48, recebe mensalmente pensão do INSS pela morte da mulher, que ele assassinou. Só em 2010, foram R$ 19 mil, segundo documentos obtidos pela Folha.

Nogueira também continua recebendo os vencimentos por ser professor da rede estadual, no valor de R$ 2.509 ao mês. Atualmente, ele trabalha em atividades burocráticas da pasta, após ter sido afastado das salas de aula.

Até o momento, Nogueira não ficou nenhum dia preso, pois não possui antecedentes e não oferece mais risco às investigações, avalia a Justiça.

Ele ainda não foi julgado porque a defesa entrou com pedido para tentar tirar o caso do Tribunal do Júri. Uma das lutas da família da vítima hoje é cancelar a pensão dada a Nogueira e transferi-la para a mãe de Mônica.

O Ministério da Previdência Social, responsável pelo INSS, e o próprio instituto foram avisados pelos familiares da fisioterapeuta ao menos quatro vezes sobre a situação.

O primeiro protocolo foi feito há mais de dois anos –sem resposta até hoje.

À reportagem, o INSS não explicou o porquê de a pensão estar mantida. O Estado disse que o docente responde processo disciplinar, "com amplo direito de defesa".

A defesa de Nogueira não quis se manifestar à reportagem sobre a situação dele.
 

 

Folha de São Paulo

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