Há 69 anos Campina Grande perdia um dos seus grandes políticos e um dos dos ícones da história política campinense. No exato 27 de julho de 1953, o ex-vereador, poeta e tribuno, Felix de Souza Araújo morria na Rainha da Borborema aos 30 anos de idade em decorrência de ferimentos causados por disparo de arma de fogo, na Casa de Saúde dr. Francisco Brasileiro, após denunciar corrupção na cidade.
A morte do ex-vereador que dá nome a Câmara de Vereadores de Campina Grande, foi lembrada pelo neto do político, o advogado e secretário, Félix Neto. Em uma mensagem encaminhada ao PB Agora, Felix Neto enfatizou que o assassinato de Felix Araújo “ganhou conotações e proporções políticas”, sendo identificado com as causas populares, com movimentos sociais e com as manifestações nacionalistas.
Ele lembra que Félix Araújo presidia a comissão que investigava as contas do então prefeito Plínio Lemos, após formalizar denúncia de corrupção na Câmara de Vereadores, ainda com os documentos nas mãos, foi baleado, pelas costas, por João Madeira, funcionário da prefeitura e guarda-costas de Plínio Lemos.
“Momentos após o atentado, João Madeira foi encontrado – e preso – escondido na residência do citado prefeito. De acordo com o Diário de Pernambuco, após o atentado, João Madeira buscou refúgio na residência de Plínio Lemos, onde permaneceu escondido, tendo sido localizado pelo Delegado Genival Queiroz, pelo vereador Pedro Sabino e pelo dr. William Arruda. Nesse local, foi efetuada a sua prisão em flagrante “, recordou Félix Neto.
Emocionado, Félix Neto lembrou que este ano, Campina Grande está celebrando o centenário do seu ilustre filho. Felix Araújo nasceu em 1922 e teve destacada atuação na política e na literatura. O filho do político, Félix Araújo Filho, foi vereador e prefeito da Rainha da Borborema. Félix foi prefeito entre 1993 e 1997 e vem se dedicando nos últimos anos à advocacia e à literatura.
SL
PB Agora