A superintendente da ST-Trans, Laura Farias, pode até mudar de cargo, na próxima reforma administrativa planejada pelo prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB). Ela está sendo cotada para retornar à Emlur ou assumir as secretarias de Infra-Estrutura, Planejamento ou Desenvolvimento Urbano.
Fechando a Epitácio Pessoa
Antes que isso aconteça, ela vai comandar uma mega-operação de fechamento da avenida Epitácio Pessoa, em certos dias e determinados trechos, que entrará para a história da Capital paraibana. Na Superintendência de Transportes e Trânsito da Prefeitura Municipal de João Pessoa não se fala em outra coisa desde o fim do Carnaval.
Quebrando as calçadas
Há duas semanas que alguns canteiros tiveram seus meio-fios quebrados na Epitácio, gerando várias especulações por parte de motoristas e pedestres.
Super-carreta na rua
Laura me disse que as obras não são provocadas por causa do binário que está sendo montado nas ruas centrais que cruzam o Bairro dos Estados, mas porque uma super-carreta passará pelo local (na esquina com a avenida Piauí), na altura do Templo Maior da Igreja Universal do Reino de Deus, pouco antes do quartel do Exército onde está baseado o Grupamento de Engenharia.
Caminhões-gigantes
A destruição momentânea dos canteiros centrais da avenida é para permitir a passagem desses caminhões-gigantes, que durante cerca de 40 dias estarão transportando imensas peças de metal destinadas à construção de uma usina termo-elétrica localizada no município do Conde. Ela será movida a gás natural.
Por fora das BR’s
A Polícia Rodoviária Federal e o DNIT (Departamento Nacional de Obras de Infra-Estrutura, ou seja, o antigo DNER) não permitem que esse tipo de transporte de carga trafegue por rodovias de movimento intenso e repletas de viadutos, como as BR’s 101 e 230.
Percurso alternativo
Por causa dessa proibição é que as carretas vão cruzar a malha urbana de João Pessoa, com destino à PB-008 (rodovia Ministro Abelardo Jurema), de onde chegarão ao seu destino no município do Conde (litoral Sul do Estado), às margens do gasoduto que liga a plataforma de perfuração da Petrobras, em Guamaré-RN ao terminal petrolífero de Recife-PE.
O que é termo-elétrico?
As usinas termo-elétricas – mais conhecidas como Usinas Térmicas – são as preferidas no mundo todo, pela sua versatilidade. São de construção simples e rápida, podem ser instaladas junto aos centros de consumo e dispensam linhas de transmissão de longo percurso.
Mais barato que energia nuclear
Nos países de primeiro mundo, cerca de 70% da energia elétrica é produzida em usinas desse tipo. O custo de produção do quilowatt é maior (o dobro, em média) que o de uma usina hidroelétrica, porém é bem menor do que o de uma usina nuclear.
Movida a gás, bagaço e pet-coque
No caso da usina que está sendo montada no Conde, sua produção deve ficar em torno de 150 KW, movida pela queima de gás natural, mas tendo como opção outros combustíveis alternativos (como bagaço de cana-de-açúcar descartado por destilarias de álcool existentes na região) ou carburantes naturais como pet-coque (resíduo grosseiro de refinarias de petróleo).
Fuligem, carbono e efeito estufa
A grande desvantagem da usina térmica é a enorme produção do dióxido de carbono (CO²) e de fuligem, que forma uma névoa preta manchando roupas, móveis e pessoas. Como se sabe, o dióxido de carbono é um gás que produz o efeito estufa e que está aumentando a temperatura média da Terra, nos últimos anos.
Combustível pode acabar
Outra desvantagem é que este tipo de usina usa combustível fóssil, isto é, petróleo, carvão mineral e xisto betuminoso, fontes que estão se esgotando rapidamente, em todo o planeta.
Usina de alta pressão
Chamam-se termo-elétricas por que são constituídas de duas partes, uma térmica (onde se produz muito vapor a altíssima pressão) e outra elétrica (onde se produz a eletricidade, enquanto produto final desse processo em escala industrial). A energia elétrica é produzida por um gerador, que possui um eixo cujo dínamo é movido por uma turbina alimentada por um jato de vapor de grande pressão.
Óleo, carvão ou lenha
Depois do uso, o vapor produzido por uma caldeira é jogado fora, na atmosfera. Essa caldeira – por sua vez – é aquecida com a queima de óleo combustível ou carvão mineral e, às vezes, até lenha ou carvão vegetal, feito de madeira pouco nobre e bastante comum nas cercanias.