O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, rechaçou, durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, na tarde desta quinta-feira (24), a tese de uma possível indicação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, mesmo ele estando no PSB, como vice do ex-presidente Lula na corrida presidencial nas eleições desse ano por conta da ausência de uma autocrítica, até agora, sobre as ‘chagas’ que atormentaram o país nos últimos anos.
De acordo com ele, Alckmin até agora não mostrou qual sua opinião sobre a prisão de Lula e outros temas cruciais para a esquerda, como a reforma trabalhista e outras políticas desastrosas para o país.
“Eu não ouvi do Geraldo Alckmin nenhuma autocrítica até agora das posições dele, a favor do impeachment de Dilma, das prisões de Lula, da reforma trabalhista, do teto de gastos, políticas que foram desastrosas no Brasil. A menos que ele uma autocritica dessas posições é sinal que ele ainda defende, e nesse ponto de vista não vejo coerência nenhuma ele ser vice numa chapa que tem como proposito mudar o rumo das coisas”, disse.
O dirigente também rechaçou qualquer possibilidade de apoiar a recondução de Lula à presidência da República caso ele formalize uma aliança com o MDB. A cutucada na legenda também serve para o caso da Paraíba. Ele disse que no estado o PSOL não estará com Venezino (MDB).
“Menos ainda. Onde tiver o MDB nós vamos estar do outro lado da cerca. Não há nenhuma chance de o PSOL estar em nenhum palanque com os golpistas do MDB, com aqueles que sustentaram o governo Michel Temer. Certamente o MDB vai ter lideranças favoráveis a Lula, mas deixo claro que se Lula fizer uma aliança formal com o MDB, o PSL não estará com Lula”, avisou.
Já sobre apoiar o nome do governador João Azevêdo, o dirigente disse que, apesar de ele ser do PSB, se aliou com partidos conservadores, que impedem que essa aliança se concretize.
“Essas alianças tem que expressar o que a gente pensa. No caso da Paraíba isso não aconteça, embora o governador seja do PSB, ele tem uma ampla aliança que engloba vários partidos conservadores, de direita e desse ponto de vista, para nós, fica inviável”.
PB Agora